Política Nacional

PRB pede ao STF que Fausto Pinato volte à relatoria sobre Cunha

O Partido Republicano Brasileiro (PRB) apresentou uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) que visa devolver ao deputado Fausto Pinato (PRB-SP) a função de relator no Conseho de Ética do pedido para investigar o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por suposta quebra de decoro.


Na semana passada, após vários adiamentos de uma decisão sobre a continuidade ou não do processo contra Cunha, o vice-presidente da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), que é aliado do peemedebista, determinou a substituição de Pinato, que havia apresentado parecer pelo prosseguimento das apurações. O pedido de troca partiu de outro aliado de Cunha, Manoel Júnior (PMDB-PB). Ele argumentou que, como deputado do PRB, Pinato integrou o bloco que elegeu Cunha presidente da Câmara, o que o impediria de exercer a função.

A ação do PRB desta segunda, distribuída por sorteio para a ministra Rosa Weber, pede que seja concedida uma decisão liminar (provisória) ainda antes da sessão do Conselho de Ética, quando poderá ser votado parecer feito por outro deputado, Marcos Rogério (PDT-RO), designado para assumir a função.

Na ação, o PRB alega que, quando o Conselho de Ética recebeu a representação contra Cunha, Pinato já não pertencia ao bloco do PMDB, e classificou sua saída do cargo como “mais um expediente procrastinatório adotado na Câmara Federal para impedir o regular desenvolvimento de procedimento ético-disciplinar apresentado contra seu Presidente”.

O partido ainda argumenta que a destituição de Pinato anulou atos já praticados por ele, o que, na prática, leva ao reinício das apurações e que os novos atos do novo relator poderiam comprometer “o desejável desenvolvimento escorreito do dito procedimento”

“Eventual medida de sustação do desenvolvimento da Representação nº 01/15 viria quase como um prêmio ao Representado (Deputado Eduardo Cunha), que tem demonstrado reiteradamente desejo de obstar o devido procedimento da apontada Representação, além do que em tal hipótese estaria a ser tornada medida judicial a institucionalização da impunidade”, diz a peça.


Deixe seu comentário


Publicidade