Presidente da Petrobras diz que ainda não há decisão sobre reajuste, mas que empresa é ‘livre’
Roberto Castello Branco deu declaração após ter se reunido com ministros no Palácio do Planalto. Na quinta (11), Bolsonaro mandou Petrobras suspender reajuste do diesel.
O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, afirmou nesta segunda-feira (15) que ainda não há uma decisão sobre manter ou não o reajuste no preço do óleo diesel, mas acrescentou que a empresa é “livre”.
Castello Branco deu a declaração após ter participado de uma reunião no Palácio do Planalto com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, sobre o preço dos combustíveis. Uma reunião do presidente Jair Bolsonaro com a equipe econômica e com representantes da Petrobras está prevista para esta terça (16).
Na semana passada, a Petrobras anunciou reajuste de 5,7%, mas o presidente Bolsonaro determinou a suspensão do aumento.
“Não tem nenhuma decisão. A Petrobras é uma coisa, outra é o governo. O governo quer abordar a questão dos caminhoneiros, a Petrobras tem sua vida própria”, afirmou Castello Branco ao deixar o Planalto.
“Vamos decidir quando vai ser reajustado ou não. Isso é uma decisão empresarial, diferente da decisão do governo, que é de políticas públicas. O que significa que a Petrobras é livre”, acrescentou o presidente da empresa.
Na sexta-feira (12), um dia após a intervenção de Bolsonaro na Petrobras, as ações da empresa caíram mais de 8%, e a Petrobras perdeu R$ 32,4 bilhões em valor de mercado.
Segundo o porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros, a intervenção de Bolsonaro não foi “interferência política”.
Questionado se avalia que a intervenção foi interferência política, Roberto Castello Branco respondeu nesta segunda-feira: “Não, a decisão foi tomada pela diretoria da Petrobras. Ninguém ordenou a Petrobras que reajustasse. […] O presidente alertou para os riscos”.
De acordo com a Secretaria de Comunicação Social da Presidência, integrantes do governo concederão nesta terça-feira uma entrevista coletiva para anunciar “algumas das medidas adotadas pelo governo em resposta às demandas do setor de transporte rodoviário”.
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