Política Nacional

Presidente do Conselho de Ética arquiva representação contra Jucá

Jucá foi gravado por Sérgio Machado sugerindo pacto para parar Lava Jato


O presidente do Conselho de Ética do Senado, João Alberto (PMDB-MA), decidiu arquivar a representação que pedia a cassação do mandato do senador Romero Jucá (PMDB-RR) por suspeita de tentar interferir na Operação Lava Jato. Jucá foi gravado pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, delator da Lava Jato, dizendo que políticos deveriam fazer um “pacto” para “estancar a sangria” causada pela operação.

Depois da divulgação dos áudios, Jucá deixou o cargo de ministro do Planejamento no governo do presidente em exercício Michel Temer. Por causa das gravações, o PDT entrou com representação no Conselho de Ética, pedindo a cassação do mandato do peemedebista.

Reportagem do jornal “O Globo” revelou que o procurador-geral da República pediu, ao ministro Teori Zavascki do Supremo Tribunal Federal, a prisão de Romero Jucá por suspeita de que ele estaria tentando interferir na Operação Lava Jato, na qual o próprio Jucá é investigado.

“Decidi pelo indeferimento, não tem documentos que instruam a representação. Não tem nada [na representação]. Arquivei a representação por falta de documentos comprobatórios, não tem nenhum documento. Só cita recortes de jornais”, disse o senador João Alberto.

O presidente do Conselho de Ética explicou ainda que o autor da representação – o PDT, por meio do senador Telmário Mota (PDT-RR) – poderá recorrer ao plenário do Conselho de Ética. “Decidi pelo indeferimento. Não tomo conhecimento, não tem documentos que instruam a representação. Não tem nada [na representação]. Arquivei a representação por falta de documentos comprobatórios, não tem nenhum documento. Só cita recortes de jornais”, disse o senador.


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