Política Nacional

Presidente do TSE diz que atentado em GO é ‘chocante e deplorável’

Gilmar Mendes pediu ao Ministério da Justiça que PF investigue o caso


O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, afirmou que o ataque em uma carreata em Itumbiara (GO), que resultou na morte do candidato à Prefeitura do município José Gomes da Rocha (PTB) e de um policial militar, foi “chocante e deplorável”.

Nesta quarta, durante ato de campanha, um homem desceu de um carro e atirou contra o veículo em que o político estava. Além do candidato e do policial, o ataque deixou outros dois feridos,: o vice-governador de Goiás, José Eliton (PSDB), e o advogado da Prefeitura de Itumbiara, Célio Rezende. Os dois estão internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital de Goiânia.
Gilmar Mendes disse durante sessão do tribunal nesta quinta que ligou para o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, para pedir investigação da Polícia Federal sobre o episódio.

No final de agosto, o ministro já havia se encontrado com Moraes no Rio de Janeiro para pedir a colaboração da PF para apurar violência e presença do crime organizado nas campanhas eleitorais.
“Estamos também acompanhando com muita atenção e pedindo que as investigações sejam as mais prontas possíveis, inclusive em relação esse episódio lamentável ocorrido agora em Goiás”, afirmou o presidente do TSE. “Se trata de um episódio chocante e deplorável em todos os níveis”, concluiu.

Com o crescimento da violência durante a campanha eleitoral, o TSE recebeu nesta quinta, dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs), dez pedidos de reforço na segurança. Gilmar Mendes deve avaliar os pedidos e então enviá-los ao Ministério da Defesa para que a pasta analise a possibilidade de deslocar militares para os locais.

Para o ministro, há motivação política nos assassinatos, mas também há envolvimento de alguns candidatos com milícias e narcotráfico. “Algumas autoridades do Rio de Janeiro, por exemplo, estão envolvidas com disputas e crimes comuns. Isso envolve milícias, envolve o narcotráfico e tem alguns candidatos que estão associados, o que traz uma outra preocupação: é o crime organizado participando do processo eleitoral”, afirmou.


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