Procurador vê no STF encenação para impedir prisão de Lula
O procurador chamou a sessão do Supremo Tribunal Federal (STF) do último dia 22 que concedeu um salvo-conduto ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de “teatro de absurdos”.
O procurador regional Carlos Fernando dos Santos Lima, membro da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, escreve nesta quarta (28) artigo na Folha de S. Paulo em que se mostra desesperançoso com o futuro da Operação. Citando o jornalista Apparício Torelly, o procurador disse: “de onde menos se espera, daí que não sai nada”. O procurador chamou a sessão do Supremo Tribunal Federal (STF) do último dia 22 que concedeu um salvo-conduto ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de “teatro de absurdos”.
Fernando dos Santos Lima criticou o decano Celso de Mello, “que colocou a presidente do Supremo (Cármen Lúcia) perante o dilema de abrir ela mesma as cortinas do HC do condenado Luiz Inácio Lula da Silva, ou de se ver pela primeira vez na história do STF obrigada a pautar uma medida por uma questão de ordem dos demais ministros?”
O procurador destacou ainda que o pedido de “habeas corpus” preventivo de Lula “passou à frente de 5.000 outros” e disse que se “desejava somente impedir que a Justiça criminal se tornasse verdadeiramente republicana com a pura e simples aplicação do precedente e a prisão de Lula”.
Para Carlos Fernando, a retórica construída no STF sobre o perigo da prisão após 2ª instância é “falsamente voltada a todos os pobres condenados deste Brasil”.
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