Política Nacional

Protesto contra reformas chegou a 254 cidades, o 2º maior número desde 2015

Greve geral na sexta-feira, 28, protestou contra reformas das leis do trabalho e da Previdência.


A greve geral contra as reformas trabalhista e previdenciária nesta sexta (28) teve manifestações registradas em ao menos 254 cidades. Trata-se do segundo maior número de municípios envolvidos em uma manifestação desde 2015.

Só em um desses protestos houve mais cidades envolvidas: no ato contra a presidente Dilma, contra o ex-presidente Lula e contra o PT em 13 de março de 2016. Na ocasião, 337 cidades registraram protestos de rua. Um outro protesto também teve um número de cidades similar ao registrado agora: o de 15 de março de 2015, também contra o governo de Dilma Rousseff. Foram 252 cidades com mobilização à época.

Outros dois protestos contra a ex-presidente, alvo de um impeachment em agosto do ano passado, tiveram mais de 200 cidades participantes: em 12 de abril de 2015 (224) e em 16 de agosto de 2015 (205). Na sexta (28), todos os estados e o DF fizeram paralisações, que foram organizadas por sindicatos e reuniram diversas categorias. Foi o maior protesto contra o governo Temer, que já havia sido alvo de outros sete protestos pelo país desde a posse.

Número de participantes
Apesar do grande número de cidades, o número de participantes fica atrás de outras manifestações realizadas no período.

Se forem levadas em conta as estimativas dos organizadores, por exemplo, os atos desta sexta reuniram o 5º maior contingente de pessoas dentre os 29 protestos: 1,3 milhão (número igual ao dos protestos contra Dilma em 15 de março de 2015 e em 17 de abril de 2016).

Outros quatro protestos contaram com mais gente, sendo o do dia 13 de março de 2016 o recordista: 6,9 milhões, de acordo com os organizadores dos atos.

Se for levada em conta a projeção das autoridades, o protesto desta sexta fica apenas em 10º lugar, com 97 mil pessoas. Uma ponderação a fazer é que a polícia tem se eximido de fazer a contagem em vários locais, especialmente em grandes cidades, como Rio e São Paulo – o que prejudica a comparação.


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