PT e PCdoB pedem ao STF lockdown e outras medidas para combater a crise da saúde no Amazonas
Partidos querem ainda que a Corte ordene o governo federal a garantir, em 24h, o abastecimento de oxigênio nos hospitais. Pediram também hospitais de campanha, convocação de médicos e da Força Nacional de Segurança Pública
O PT e o PCdoB pediram ao ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determine a adoção de medidas para combater a crise de saúde no Amazonas, causada pela alta de casos de Covid-19. Entre elas, que seja ordenado o lockdown em Manaus.
Outras medidas pedidas pelos partidos:
– que o governo federal – via Ministério da Saúde – garanta, em 24 horas, o abastecimento de oxigênio e outros insumos necessários ao atendimento dos internados nos hospitais de Manaus
– que o governo federal instale hospitais de campanha com leitos e insumos necessários ao atendimento dos doentes
– para ajudar na segurança durante o lockdown, que seja feita a convocação da Força Nacional de Segurança Pública;
– que sejam convocados médicos dos Programas Mais Médicos e Mais Médicos para o Brasil para o estado, inclusive com possibilidade de participação de médicos brasileiros formados no exterior.
Os partidos relataram ao ministro que a situação no Amazonas representa um “estado de coisas inconstitucional”, caracterizado pela “sistemática violação de direitos fundamentais”.
“O quadro apresentado, portanto, representa um verdadeiro estado de coisas inconstitucional, onde o poder público, sobretudo o governo federal, não cumpre o seu dever de efetivar os direitos e garantias fundamentais dos cidadãos amazonenses e manauaras, falhando na garantia ao direito básico à vida, bem como à saúde e, ao fim, à própria dignidade da pessoa humana”, afirmam as siglas.
Crise no Amazonas
A escalada da pandemia de Covid-19 no estado levou o sistema de saúde ao colapso nos últimos dias. As internações e os enterros bateram recordes, as unidades de saúde ficaram sem oxigênio e pacientes estão sendo enviados para outros estados.
Os cemitérios, lotados, instalaram câmaras frigoríficas. Para frear o vírus, o governo do estado decidiu proibir a circulação de pessoas entre 19h e 6h na capital.
Na madrugada desta sexta (15), cilindros de oxigênio foram enviados de São Paulo para Manaus. O Amazonas pode recorrer também a cilindros oferecidos pela Venezuela.
A média móvel de mortes cresceu 183% no Amazonas nos últimos 7 dias. O número de internações pela doença em Manaus chegou a 2.221, de 1º a 12 de janeiro. O índice máximo anterior havia sido registrado em abril do ano passado, com 2.128 pacientes internados.
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