Diário Política

Randolfe quer convocar diretor da PF ao Senado por relatório que descarta prevaricação de Bolsonaro

“Precisamos tirar esse maloqueiro da presidência esse ano”, disse o senador após o parecer da PF isentando Bolsonaro


O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) disse hoje que vai pedir a convocação do diretor-geral da PF, Paulo Maiurino, para questioná-lo no Senado sobre relatório em que a corporação declara ao STF (Supremo Tribunal Federal) que não identificou indícios de crime na conduta do presidente Jair Bolsonaro em relação à suposta fraude no contrato de compra da vacina indiana Covaxin.

O ministro da Justiça, Anderson Torres, também deve ser alvo do pedido de Randolfe, que depende de aprovação na Casa. “Não bastasse desmoralizar as instituições, agora Bolsonaro esculhamba a Polícia Federal. Precisamos tirar esse maloqueiro da Presidência este ano. Vamos pedir a convocação do ministro da Justiça e do diretor da PF para prestar esclarecimentos no Senado”, disse Randolfe.

O caso Covaxin tornou-se um dos focos da CPI da Covid depois de depoimento em que o deputado federal Luís Miranda (DEM-DF) e seu irmão, o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda afirmaram ter informado ao presidente sobre irregularidades envolvendo o contrato de R$ 1,6 bilhão assinado pelo Ministério da Saúde para aquisição do imunizante.

O processo — instaurado em julho do ano passado a pedido da PGR— investiga suposta prevaricação de Bolsonaro por não pedir ao órgão a abertura de apuração sobre o suposto caso de superfaturamento na negociação da compra — que nunca se concretizou.

Definido pelo Código penal, prevaricação é um crime contra a administração pública que consiste em retardar ou deixar de praticar deveres para satisfazer interesses alheios ao bem comum. A Suprema Corte deve encaminhar o relatório da PF para análise da PGR (Procuradoria-Geral da República), que pode recomendar ações no processo.


Deixe seu comentário


Publicidade