Renan diz que processo contra Dilma no Senado deve ter ‘total isenção’
A pilha de documentos do processo tem 36 volumes e 11 anexos, e foi entregue por um servidor da Câmara na Secretaria-Geral da Mesa. Depois do recebimento, Renan se reuniu com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou que a instauração do processo de impeachment na Casa se dará com “absoluta isenção e total neutralidade”. A declaração foi dada após o parlamentar receber o processo encaminhado pela Câmara, que aprovou dar prosseguimento ao caso.
A pilha de documentos do processo tem 36 volumes e 11 anexos, e foi entregue por um servidor da Câmara na Secretaria-Geral da Mesa. Depois do recebimento, Renan se reuniu com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
“É papel do Senado instaurar o processo, admitindo ou não admitindo, julgar, e mais do que nunca nós pretendemos fazer isso com absoluta isenção e total neutralidade”. O presidente do Senado reconheceu que existe uma pressão para que o processo ande de maneira rápida. No entanto, ele afirmou que não pode haver “atropelo” nem “procrastinação”.
“Nós temos pessoas que pedem para agilizar o processo, mas nós não poderemos agilizar de tal forma que pareça atropelo, ou delongar de tal forma que pareça procrastinação”, disse Renan Calheiros.
Um resumo do processo deverá ser lido na sessão no Senado, e deverão ser indicados os integrantes da comissão especial que analisará o caso. O presidente e o relator do colegiado, que terá 21 senadores titulares, deverão ser eleitos dentro do prazo de 48 horas. A reunião da comissão deve acontecer na quarta-feira (19), já que quinta-feira é feriado.
Ao sair da reunião, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), defendeu que o processo tramite com rapidez no Senado, para que o país não fique “paralisado”. Para Cunha, a decisão da Câmara de autorizar a continuidade do processo transforma a gestão de Dilma em um “meio governo”, que pode ou não cair. “A partir da autorização da Câmara, a demora é muito ruim para o país. Você esta com um meio governo. Se o Senado autorizar, o governo vai sair. Se não autorizar, vai ficar. Então você tem um ‘meio governo’. Para que essa paralisia não se prolongue, o ideal é que seja feito o mais célere possível, independente do resultado, para que a vida do país volte à normalidade, de uma forma ou de outra”, disse Cunha.
Reunião com líderes e no STF
Renan informou, ainda, que fará uma reunião na manhã desta terça-feira (19) com líderes para ajustar prazos e debater a questão da proporcionalidade que determinará a composição da comissão especial que analisa o caso.
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