Ricardo Berzoini diz que ‘todo cuidado é pouco’ contra terrorismo
Para diretor da Abin, país conquistou credibilidade em ações de segurança
O ministro-chefe da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, afirmou que “todo cuidado é pouco” no combate a ações terroristas. A declaração foi dada na abertura do Seminário Internacional de Enfrentamento ao Terrorismo no Brasil, realizado pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), em Brasília, para discutir estratégias contra ameaças terroristas nas Olimpíadas do Rio em 2016
No dia 13 de novembro, atentados terroristas em sete pontos de Paris, na França, deixaram 130 mortos e 350 feridos. Três brasileiros ficaram feridos nos ataques, mas apresentam quadro de saúde estável e não correm risco de morte. “Os eventos recentes e outros mostram que todo cuidado é pouco e toda preparação é pouca. Países que têm já uma história de enfrentamento dessa questão foram alvo de ataques significativos. Nesse campo, não há limite para a nossa preocupação e para tomar todas as providências ao alcance das autoridades brasileiras”, afirmou Berzoini, durante o evento.
O ministro destacou que os cuidados com segurança para as Olimpíadas devem ser maiores do que na Copa do Mundo de 2014. “Evidentemente, a complexidade das Olimpíadas é maior, porque temos mais países e com mais diversidade política. Nós temos de redobrar os esforços, aproveitar o que foi feito na Copa do Mundo e produzir iniciativas e resoluções que sejam capazes de melhorar o que foi feito”, declarou.
“Esse tipo de assunto é um desafio para as grandes potências e para países que têm experiência na relação com esse tipo de evento e, portanto, temos de ter a mesma preocupação, saber que todo cuidado é pouco e todos os preparativos devem ser feitos”, completou.
Já o diretor-geral da Abin, Wilson Trezza, afirmou, no entanto, que não existem países “100% preparados” para o combate ao terrorismo, mas que a experiência brasileira ao longo das copas das Confederações e do Mundo são atestados de que o país está bem preparado para eventuais iniciativas terroristas.
“Não há país no mundo 100% preparado. Nós tivemos o exemplo nos Estados Unidos [dos ataques na maratona de Boston], que é um país referência mundial em prevenção ao terrorismo. Tivemos, agora, no coração da União Europeia, a França com problemas. Mas pelo trabalho que nós realizamos na Copa das Confederações e na Copa do Mundo, onde o mundo pensava que o grande problema seria segurança pública, nós conquistamos uma credibilidade muito grande nessa área”, declarou o diretor-geral da Abin.
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