Política Nacional

Secretário do MS diz que seria ‘irresponsável’ pautar data de início da vacinação contra Covid-19

Elcio Franco diz que definição de calendário depende de registro de imunizantes na Anvisa. Ministro do STF deu prazo de 48 horas para que o MS informe datas


Osecretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, afirmou que seria “irresponsável” especificar a data de início da vacinação contra a Covid-19 sem o registro e aprovação de vacinas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O ministro Ricardo Lewandowski, relator de ações sobre plano de vacinação no Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o Ministério da Saúde informe, no prazo de 48 horas, as datas de início e término do plano nacional de vacinação contra a Covid-19.

Sobre a decisão magistrado, o MS informou que aguarda a notificação para responder à determinação no tempo solicitado.

O governo entregou ao Supremo o programa de imunização com previsão de 108 milhões de doses para grupos prioritários. O material não especifica uma data para início da aplicação de vacinas.

“Seria irresponsável darmos datas específicas para o início da vacinação porque depende de registro em agência reguladora, posto que só saberemos da segurança completa quando finalizados os estudos clínicos da fase 3”, afirmou Elcio Franco na gravação.

 

O coronel aposentado do Exército disse também que “nenhum dos laboratórios sequer iniciou o processo de autorização para uso emergencial em caráter experimental”.

“Como estabelecer um calendário de vacinação sem saber se a vacina estará liberada para uso com a certeza de sua segurança e eficácia?”, questionou o secretário do MS em outro momento do vídeo.

 

CoronaVac

No mesmo material, Franco também afirmou que o governo comprará doses da vacina CoronaVac, desenvolvida pela chinesa SinoVac em parceria com o Instituto Butantan quando esta for registrada e aprovada pela Anvisa.

“A vacina anunciada pelo Butantan, maior fornecedor de vacinas para o Ministério da Saúde, ao ser registrada e aprovada pela Anvisa, confirmando suas condições de segurança e eficácia, será também adquirida e adicionada ao plano nacional de vacinação contra a Covid-19”, declarou.

Do plano de vacinação entregue ao STF, não consta acordo para aquisição da CoronaVac, mas o imunizante aparece na lista de 13 “vacinas candidatas”.

No vídeo divulgado no canal do Ministério da Saúde, as declarações sobre a CoronaVac foram dadas depois que Elcio teceu críticas ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB).

A CoronaVac tem sido motivo de briga política entre o governador de São Paulo e o presidente Jair Bolsonaro.


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