Senadores pedem a Berzoini que líder no Senado seja anunciado em 2016
Decisão, no entanto, ainda não foi tomada pela presidente Dilma Rousseff.
Ex-líder, Delcídio do Amaral (PT-MS) foi preso na semana passada pela PF.
O líder do governo no Congresso Nacional, senador José Pimentel (PT-CE), afirmou ao G1 nesta terça-feira (1º) que, na reunião de líderes com o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, na noite desta segunda (30), os parlamentares apresentaram ao ministro sugestão para que o anúncio do novo líder do governo no Senado só ocorra em 2016.
A troca na liderança do governo no Senado ocorrerá porque, no último dia 25, o então líder Delcídio do Amaral (PT-MS) foi preso pela Polícia Federal, suspeito de tentar atrapalhar o andamento das investigações da Operação Lava Jato. Desde então, os quatro vice-líderes do governo na Casa têm respondido pela liderança: Hélio José (PSD-DF), Paulo Rocha (PT-PA), Wellington Fagundes (PR-MT) e Telmário Mota (PDT/RR).
No mesmo dia em que Delcídio foi preso, o governo divulgou uma nota na qual havia informado que o anúncio do novo líder ocorreria já nesta semana.
“Nós nos reunimos ontem [segunda] com o ministro Berzoini, na reunião semanal que discute a semana de votações no Senado. Na reunião, por unanimidade, os líderes presentes pediram ao ministro que a escolha do novo líder seja só no ano que vem. Até lá, os quatro vice-líderes ficam à frente da liderança, como está agora”, disse Pimentel ao G1.
Segundo interlocutores do Planalto, Berzoini, responsável pela interlocução do Palácio do Planalto com o Congresso, se comprometeu a levar a proposta desses senadores de adiar para 2016 o anúncio à presidente Dilma Rousseff, que deverá dar a palavra final sobre o assunto.
A liderança
O cargo de líder do governo nas Casas do Congresso Nacional é considerado estratégico pelo Palácio do Planalto porque ele é o responsável por orientar os partidos da base de apoio da Presidência sobre como votar em projetos conforme os interesses do Executivo.
O líder também se reúne frequentemente com o responsável pela articulação política do governo – função atualmente exercida por Berzoini –, ministros e líderes dos demais partidos que compõem a base aliada.
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