STF abre quarto inquérito para investigar Valdir Raupp na Lava Jato
Corte vai apurar se senador cometeu crimes como corrupção e lavagem
O ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a abertura de mais um inquérito para investigar o senador Valdir Raupp (PMDB-RO). Caberá, agora, à Procuradoria Geral da República avaliar as suspeitas e decidir se há ou não indícios para que ele responda a uma ação penal.
Este é o quarto inquérito aberto contra o peemedebista na Corte e tem como objetivo investigar suspeitas de que Raupp tenha cometido crimes como corrupção passiva, lavagem de dinheiro e tráfico de influência na Petrobras.
O novo inquérito se baseia na delação premiada do empresário Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano.
No depoimento, Baiano, apontado como operador do PMDB no esquema de corrupção que atuou na Petrobras, disse que Raupp fez tráfico de influência para a empreiteira gaúcha Brasília Guaíba obter negócios com a Petrobras em troca de recebimento de doações para campanha eleitoral.
Ao autorizar a abertura do inquérito, Teori Zavascki afirmou que a decisão sobre o que investigar é da PGR e que compete ao Supremo somente acompanhar se os direitos e garantias fundamentais estão sendo observados. O ministro do STF ainda ressaltou que o Ministério Público e a Polícia Federal devem atuar conjuntamente.
“Observadas essas circunstâncias, nada impede a instauração do presente inquérito, a fim de que se apure suposta prática dos crimes atribuídos aos investigados”, escreveu Teori Zavascki na decisão.
Raupp disse que a delação de Fernando Baiano é uma “palhaçada de mal gosto”. “É uma palhaçada! A delação virou uma palhaçada! Eu não acredito nisso. Infelizmente, não há outro termo. Isso é palhaçada! Não conheço as pessoas dessa empresa, eles também já disseram que não me conhecem. É uma coisa estapafúrdia! Palhaçada de mal gosto!”, enfatizou.
Mais tarde, por meio de uma nota, o senador de Rondônia classificou de “destemperada, mentirosa e grotesca” a delação de Fernando Soares.
Deixe seu comentário
Publicidade