Temer tem reunião com ministros sobre articulação para aprovar reforma trabalhista na Câmara
A previsão é de que o texto sobre a reforma trabalhista seja votado na comissão especial. Já no dia seguinte, a matéria deverá ser encaminhada ao plenário, porque tramita em regime de urgência.
O presidente Michel Temer se reúne com ministros responsáveis pela articulação política para cobrar empenho deles junto às bancadas na Câmara para garantir a aprovação da reforma trabalhista no Congresso.
A previsão é de que o texto sobre a reforma trabalhista seja votado na comissão especial. Já no dia seguinte, a matéria deverá ser encaminhada ao plenário, porque tramita em regime de urgência. Para seguir para o Senado, o projeto precisa da maioria simples em uma sessão com pelo menos 257 deputados presentes.
No governo, a etapa é encarada como um ensaio para a aprovação de outra reforma mais sensível – a da Previdência. Mesmo após modificações no texto original, o Planalto vê com preocupação o risco de o texto não ter apoio entre os parlamentares.
Mais cedo, após a recepção do presidente de governo espanhol Mariano Raroy, Temer afirmou que irá “pedir para eles [os ministros que estão licenciados de mandatos parlamentares] fazerem o que deve ser feito pelo Brasil”.
Prova de fogo
O entendimento é de que, se não houver apoio para aprovar as mudanças propostas na legislação que rege a relação entre patrões e empregados no Brasil, dificilmente o governo conseguirá sustentar a reforma que muda as regras da aposentadoria.
Na semana passada, uma rejeição inicial dos deputados ao regime de urgência na tramitação que trata da reforma trabalhista pôs o governo em alerta. Uma manobra garantiu uma nova votação no dia seguinte sobre o mesmo tema garantindo ao governo uma vitória.
A urgência foi aprovada por 287 votos – 30 a mais que o necessário. Durante a sessão, no entanto, deputados da oposição protestaram e acusaram os parlamentares da base aliada de “golpe” por entenderem que não haveria amparo regimental para colocar o pedido em votação de novo.
A proposta do governo de reforma na legislação trabalhista estabelece 12 pontos que poderão ser negociados entre patrões e empregados. Em caso de acordo, essas questões passariam a ter força de lei. Um dos pontos negociáveis, caso a lei passe, diz respeito à jornada de trabalho.
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