Política Nacional

“Temos certeza de que o MPF está em excelentes mãos”, afirma ANPR

O presidente da ANPR afirma que o MP não tem a pretensão de ser poder da República.


O presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), José Robalinho, entrevistado na segunda-feira (25) do programa Conversa com Roseann Kennedy.

Especialista em lavagem de dinheiro e professor de direito penal, José Robalinho Cavalcanti diz que o Ministério Público Federal (MPF) está em excelentes mãos. Sobre as investigações que atingem a área política do país, ele acredita que o Brasil está vivendo um momento de transição e dificuldades e, por isso, o MPF está sendo mais cobrado. “Não há como negar que é um período com muitos desafios e que a firmeza das instituições está sendo testada”.

Por mexer com as estruturas de poder, Robalinho destaca a necessidade de se ter um órgão independente. “O Ministério Público não tem que se deter perante poderes, nem tem que se deslumbrar por estar atacando poderes. É esse o sentido do equilíbrio que deve ser mantido”.

O presidente da ANPR afirma que o MP não tem a pretensão de ser poder da República. “Nunca teve. Os poderes são o Executivo, Legislativo e Judiciário. Mas a autonomia que o Ministério Público ganhou na Constituição de 88, as atribuições e as prerrogativas idênticas às do Judiciário, que são muito importantes para que ele exerça o seu papel, realmente o tornam uma figura anômala no sentido de ter total autonomia em relação aos outros três poderes”.

Para o presidente da ANPR, a carreira no Ministério Público exige uma combinação entre vocação e equilíbrio. Ele afirma que o órgão amadureceu nos últimos anos e acredita que hoje o número de casos e colegas que buscam os holofotes é minoria.

Ele comenta ainda a exposição de Sérgio Moro, afirmando que “o juiz, que chegou a ser acusado de midiático, nem entrevista dá. Tem que se fazer essa separação entre o fato de a atividade em si atrair a opinião pública para o caso e o de alguém buscar teoricamente os holofotes”.


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