Política

Aliança do PT com o PDT une os petistas em todo o estado

Partido já tem pré-candidatos a prefeito em nove municípios, inclusive em Santana. Em Macapá, nome será definido por Waldez Góes


No contrário do que alguns passaram a cogitar, principalmente pelas redes sociais, após o anúncio de adesão do PT ao governo do PDT no Amapá, os petistas absorveram bem o anuncio da formalização da aliança do Partido dos Trabalhadores com Partido Democrático Trabalhista, do governador Waldez Góes.

Na manhã desta quinta-feira, 3, no programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90.9), os membros do Diretório Municipal de Santana, Amiraldo Ferreira, e da Executiva Estadual, Isaias Carvalho, fizeram coro ao “acerto da resolução”. Ambos afirmaram que, depois do declínio eleitoral no Amapá a partir de 2012, agora o PT tem oportunidade de reconquistar o espaço político no estado.

De acordo com Isaias Carvalho, a aliança com o PDT foi muito discutida com os diretórios dos 16 municípios amapaenses: “Não foi uma decisão de cima pra baixo. A questão foi discutida com todos os diretórios, em meio a uma profunda reflexão sobre as últimas eleições. O PT perdeu muito nos últimos, perdemos espaços muito importantes, o que gerou uma fragilidade política muito grande não apenas em Macapá, como Santana e Serra do Navio, por exemplo. Para reconquistar esses espaços, o caminho aponta para o PDT, cujo apoio em Santana e outros municípios será vital para o nosso projeto”.

Quanto a espaço no governo do Amapá, Amiraldo desconversou: “Nós ainda não chegamos a esse nível de debates, no que diz respeito à participação no governo. O que posso dizer, como reforço, é que essa aliança não reflete, em nenhum momento uma mudança de posição do PT, porque o PDT sempre deu sustentação à base do governo federal, inicialmente com o Lula e, posteriormente, com Dilma. A gente perdeu muito nos últimos quatro anos no Amapá, sofremos traições, enfim, todo esse processo foi fundamental para essa tomada de decisão”.

Ambos descartaram qualquer possibilidade de voltar a caminhar junto com o PSB e o PSOL. Para Isaias, esses partidos fazem parte de um passado que o PT quer esquecer: “Em 2012 nós abdicamos da Prefeitura em favor do Clécio Luís, do PSOL, por conta de um acordo para 2016; em 2014, em aliança com o PSB e o PSOL, fomos traídos por eles, ao apoiarem o candidato do DEM (Davi Alcolumbre) na reta de chegada da eleição e abandonaram a nossa candidata. Temos razões de sobra para descartar qualquer possibilidade de aliança com esses partidos”.

Aliança
A aliança com o PDT foi anunciada pelo Diretório Estadual do Partido dos Trabalhadores (PT) anunciou no final da tarde desta quarta-feira, 02, através de nota oficial. Na nota, o partido justifica que o PDT sempre deu sustentação ao governo federal, e que, em contrapartida, se comprometeu em ajudar na consolidação de um projeto político que contemple o PT nas eleições municipais do próximo ano em diversos municípios do Estado.

A Executiva decidiu, também, que dirigentes partidários estaduais e municipais que ocupem ou venham a ocupar cargos comissionados em governos que não façam parte do projeto político local autorizado pelo Diretório Estadual deverão se licenciar das suas funções partidárias, o que afetará diretamente a Prefeitura Municipal de Macapá, que cujo prefeito, Clécio Luís, é filiado ao PSOL, partido de oposição ao governo federal e do próprio do PDT, no Amapá.

A nota ressalta que a nova conjuntura posta no Amapá exige uma recomposição geral das forças políticas no Estado, já que o PT se encontra em um quadro de fragilização local e nacional onde precisamos, urgentemente, nos inserir nesse jogo: “Entendemos que o PT cumpriu de forma correta o seu papel de Partido de proposições nos últimos anos no Amapá. As nossas bancadas e as nossas lideranças sempre pautaram suas atuações com responsabilidade, assumindo um caráter propositivo durante suas intervenções nos parlamentos e nos executivos”.

Além da aliança com o PDT, a Executiva do Partido dos Trabalhadores decidiu que todas as políticas de alianças nas eleições municipais de 2016 deverão ser obrigatoriamente, homologadas pelo Diretório Estadual; que vai buscar alianças com outros partidos, nos municípios diversos, priorizando as cabeças de chapas das candidaturas às prefeituras onde o PT já governou e em municípios que, nas eleições de 2012 obteve bom desempenho eleitoral, mas preservando a unidade de todos os partidos aliados do governo federal na construção de um grande projeto político, com programas de governos que pautem uma agenda de desenvolvimento do Amapá, debatendo com a população os avanços necessários para o nosso povo, ouvindo as pessoas, respeitando as nossas diferenças e construindo ações que melhorem as vidas dos amapaenses.


Deixe seu comentário


Publicidade