Amapá é preterido pelo Ministério de Saúde na destinação de recursos
Randolfe diz que o estado está sendo discriminado pela União e convoca ministro para explicações
Apesar da forte crise na área de saúde, com pacientes morrendo por falta de leitos de UTI’s e de medicamentos e sucateamento da infra-estrutura hospitalar do estado, o Amapá foi uma das sete unidades da Federação que não foram contempladas com recursos para custeio das ações da área de Médica e Alta Complexidade (MAC). Ao todo, 20 estados foram contemplados com R$ 96 milhões, com o objetivo do reforço orçamentário é ampliar o atendimento prestado à população na rede pública e conveniada ao Sistema Único de Saúde (SUS).
Ao ser questionado pela reportagem do Diário do Amapá. o senador Randolfe Rodrigues (PSOL) admitiu não ter tomado conhecimento da liberação dos recursos, mas garantiu que tomará providências para reverter a omissão com relação ao estado.
“Não posso admitir essa discriminação odiosa ao Amapá. Ainda hoje (quinta-feira) vou protolizar requerimento de informações no Ministério da Saúde. Trata-se de uma discriminação odiosa a um ente federado que padece dos mesmos problemas, talvez até com maior intensidade dos demais estados. Além disso, vou convocar o Ministro para que compareça à Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo, do Senado, para explicar a razão dessa discriminação com Amapá. Vou até as últimas consequências para que o Amapá seja contemplado com esses recursos”, prometeu Randolfe.
As ações do bloco de financiamento MAC incluem à ampliação e melhoria da Rede Cegonha, Rede de Urgência e Emergência, possibilitando a habilitação de novos serviços como leitos de UTI Adulto, Pediátrico e Neonatal, e Centros de Trauma.
Ao contrário do Amapá, cujo governo e a maioria da bancada parlamentar integra a base aliada e/ou mantém postura de apoio ao Palácio do Planalto, o estado de Minas Gerais, por exemplo, foi um dos grandes contemplados: o município de Patos de Minas (MG) foi contemplado com o montante de R$ 3 milhões por ano (R$ 250 mil/mês) para a qualificação de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24h). Outro exemplo é Maranhão: o Hospital Dr. Carlos Macieira, em São Luís, receberá o valor de R$ 3,1 milhões por ano, em forma de custeio, para manutenção do novo serviço. A verba será paga mensalmente, na ordem de R$ 262 mil, por meio do Fundo Estadual de Saúde.
As 20 unidades da federação contempladas foram: Rio Grande do Norte (Natal / Parnamirim / Pau dos Ferros), João Pessoa, Paraíba, Pará (Capanema), Rondônia (Porto Velho), São Paulo (São Paulo / São José do Rio Preto / Marília / Campinas / Assis), Goiás (Goiânia), Acre, Pernambuco (Recife), Espírito Santo (Cachoeiro de Itapemirim), Santa Catarina (Rio do Sul / Blumenau / Jaraguá do Sul / Caçador), Paraná (Londrina / São José dos Pinhais / Ivaiporã / Campina Grande do Sul / Francisco Beltrão), Minas Gerais (Minas Gerais / Manhuaçu / Patos de Minas / Três Corações / Ouro Preto), Aracajú (Sergipe), Bahia (Salvador), Goiás (Goiânia), Maranhão (São Luís), Alagoas, Piauí (Parnaíba / Teresina / Floriano) e Tocantins. (Ramon Palhares)
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