Política

Amapá terá eleições sem recorrer às forças federais

Presidente interino do TRE-AP, desembargador Carmo Antônio, revelou, em entrevista na Diário FM, que governador Clécio Luís lhe garantiu que pleitos municipais podem ser realizados somente com a segurança estadual


 

Douglas Lima
Editor

 

O presidente interino e corregedor do TRE-AP, desembargador Carmo Antônio de Souza, informou na manhã desta sexta-feira, 4, que as eleições de 6 de outubro acontecerão sem proteção das forças federais, ficando os pleitos, nos 16 municípios, por conta da segurança estadual, com apoio apenas da PF.

 

 

“Só devemos recorrer às forças federais, quando o estado não tem condições de fazer a segurança das eleições”, justificou o desembargador, para em seguida dizer que em reunião com o governador Clécio Luís recebeu a garantia de que as forças locais são suficientes para dar segurança às eleições no Amapá.

 

Contudo, o presidente Carmo Antônio disse que o Exército Brasileiro vai atuar durante as eleições, no estado, apenas nas aldeias indígenas mais distantes, em virtude dessa força armada ter expertise e equipamentos necessários para ultrapassar cachoeiras.

 

O desembargador ainda disse que antes da conversa com o governador Clécio houve uma reunião geral no TRE com representantes das forças de segurança do estado, e que todos eles prometeram empenho, de forma integrada, para garantir tranquilidade nas eleições de 6 de outubro, sem deixar de lado o apoio imprescindível da Polícia Federal.

 

 

Carmo Antônio de Souza informou que o Tribunal Regional Eleitoral, além de sua frota normal, para os pleitos de domingo próximo conta com 180 veículos cedidos por órgãos municipais, estaduais e federais. Ele revelou que os gastos com o processo englobam mais de R$ 2 milhões, além do orçamento normal do órgão destinado para as eleições.

 

O presidente interino do TRE-AP informou que tentativas do crime organizado de se imiscuir no processo eleitoral amapaense despertou preocupação da presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia; da corregedora da Justiça Eleitoral, Isabel Gallotti; e do corregedor nacional de justiça, Mauro Campbell, os quais entraram em contato com ele, para tratar do assunto.

 

O desembargador revelou que não é só em Macapá a detecção de movimentos do crime organizado para influenciar no resultado das eleições de 6 de outubro. Para município que ele não quis revelar o nome, tropas de segurança estão deslocando-se para atuar diante da informação de que lá eleitores estão sendo pressionados a votar num candidato financiado por facção transgressora da lei.

 

Carmo Antônio estimou que por volta das 20h de domingo próximo, dia das eleições municipais, os amapaenses já deverão saber quem venceu para prefeito, vice-prefeito e vereador em todo o estado. Para o TRE, em circunstâncias normais o resultado das votações poderia ser conhecido logo às 19h, mas em razão de muitas localidades distantes e problemas com transmissão das informações, a previsão é alongada em uma hora.

 


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