Após devassa nas contas e intervenção, CNI descredencia a Fieap
Rompimento e mergulho no caos
Depois de fazer intervenção no Sesi (Serviço Social da Indústria e no Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), em meados de 2013 a Confederação Nacional das Industrias (CNI) descredenciou a Federação das Indústrias do Amapá (Fieap), por causa de seguidos escândalos protagonizados pela instituição. A intervenção aconteceu em 2012.
Por conta das suspeitas de desvios de recursos e prática de nepotismo, técnicos da CNI auditaram as contas da Fieap. O relatório conclusivo da auditoria não foi divulgado na época, mas a Confederação suspendeu a filiação da entidade do Amapá, deixando de fazer parte do ‘Sistema Indústria’, integrado também pelo Sesi e Senai.
Durante a intervenção, a CNI contratou a PwC, uma empresa de auditores independentes, para realizar uma devassa nas contas e procedimentos da Fieap. A federação, no controle do Sesi e Senai no estado, recebia repasses de cerca de R$ 20 milhões por ano das entidades nacionais.
O atual presidente da Fieap, Felipe Monteiro, assegurou à reportagem que sua gestão vai resgatar a credibilidade da instituição: “A federação é maior do que todas as picuinhas políticas e desmandos, juntos. A saúde da Fiep vai ser restaurada com a administração de remédios eficientes, aplicados na dose certa. Inicialmente, vamos sanear financeiramente e moralmente a instituição, e isso nós vamos conseguir fazer, sem qualquer dúvida, até chegarmos, e isso vai acontecer o mais breve possível, ao restabelecimento pleno de suas prerrogativas, promovendo o retorno do credenciamento à Confederação Nacional da Indústria”, prometeu.
Segundo Felipe Monteiro, antes do descredenciamento da CNI, a Fieap comandava cerca de 530 funcionários, incluídos os servidores do Sesi e Senai. Atualmente, a instituição possui um quadro de apenas 13 funcionários, cujos salários estão sete meses em atraso. (Ramon Palhares)
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