Audiência pública busca soluções para o combate à violência nas escolas
Boa parte de todos os grupos ouvidos, por exemplo, concorda que o governo estadual deveria dar mais condições de segurança às escolas (mais de 95%) e que há um esgotamento mental sensível no período pós-pandemia (mais de 90%)
A Assembleia Legislativa do Amapá (Alap) sediou, na manhã desta segunda-feira (12), uma audiência pública que discutiu a violência nas escolas e o papel do poder público. Requerida pelo deputado R. Nelson Vieira (PL), o evento promoveu um debate sobre o papel do poder público nas políticas de prevenção.
”Não adianta só criticar, temos que ter ação. Esse é um momento especial porque a violência atinge a todos. Quando tem um ato todos falam e depois parece cair no esquecimento, mas a violência continua e não pode ser combatida com intervenção militar, viaturas e armamento. Temos que atacar com educação, cultura e, principalmente, investimento e geração de empregos. Quando chegamos ao enfrentamento de bandidos é porque o pode público falhou, inclusive nós políticos”, destacou o parlamentar.
Participaram autoridades, agentes de segurança pública, além do movimento estudantil, líderes de sindicatos de professores e psicólogos. O poder Judiciário foi representado pela titular de Direito da 3ª Vara do Juizado Especial Central, juíza Nelba de Sousa Siqueira Almeida, assim como o Ministério Público Estadual foi representado pelo Procurador Iaci Pelaes. Também esteve presente a titular da Delegacia Especializada em Investigações de Atos Infracionais (DEIAI), Delegada Daniela Graças Mendes e, representando a secretaria estadual de Educação (Seed), Simone Guedes; tenente PM N.Miranda, presidente da Associação dos Servidores Militares do Amapá; Major Lopes, gerente geral do Centro Integrado de Operações de Defesa Social; capitão Marcelo Morais, diretor da Escola de Trânsito do Detran/AP, que, na ocasião, citou a experiência vivida no policiamento escolar, além da comandante da Guarda Municipal de Macapá, Joeva dos Reis Silva e a diretora da escola Rosalva Freitas do Amaral.
Também participaram da audiência a capitã PM Greice e a coordenadora estadual do Programa de Educação para a Paz, Maria Dioceles do Nascimento Sousa, que citou as ações que estão sendo realizadas no sentido de orientação aos jovens estudantes nas escolas.
O deputado Jory Oeiras (PP) destacou que os professores estão perdendo espaço dentro das escolas porque hoje não se envolve o aluno com o estabelecimento de ensino. ”Precisamos unir a rede de educação estadual, municipal, privada e ensino superior e trabalhar o resgate desse respeito aos professores”, sugeriu o parlamentar, acrescentando que hoje o primeiro lugar onde alguns menores começam a cometer atos infracionais é na escola.
Boa parte de todos os grupos ouvidos, por exemplo, concorda que o governo estadual deveria dar mais condições de segurança às escolas (mais de 95%) e que há um esgotamento mental sensível no período pós-pandemia (mais de 90%).
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