Aumento de casos de hepatites virais mobiliza deputados e senadores
ENFRENTAMENTO – Frente Parlamentar realiza ações para conter a doença, que mata 10 vezes mais pessoas do que a Aids
O coordenador da Frente Parlamentar Mista de Combate às Hepatites Virais, deputado federal Marcos Reategui (PSC-AP), revelou nesta segunda-feira, 23, no programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90.9), que as hepatites virais matam 10 vezes mais pessoas no Brasil do que a Aids. Segundo ele, a Frente Parlamentar está realizando em todo o país um intenso trabalho de mobilização da população e das autoridades da área de saúde para conter o avanço da doença.
“Hoje estamos em Salvador (BA), como parte de uma agenda que está contemplando todas as capitais brasileiras. De acordo com a programação, até o final deste ano estaremos no Amapá, conscientizando a população e cobrando das autoridades da área de saúde políticas públicas fortes eficientes para combater as hepatites virais, que lamentavelmente se alatra no país de forma preocupante. Paralelamente, estamos acompanhando as ações do governo federal para o enfrentamento desse mal”, pontuou Reátegui.
Por telefone, Marcos Reátegui afirmou que o Brasil está conseguindo superar a falta de medicamentos graças à atuação da Frente Parlamentar: “Desde o início deste ano, quando constituímos a Frente Parlamentar, iniciamos um forte trabalho junto ao Ministério da Saúde para a importação de medicamentos. Como resultado, hoje já está disponível em todo o país o teste rápido, distribuído pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Atualmente temos um diagnostico preciso, possibilidade melhor eficiência no tratamento. Até o ano passado os medicamentos atendiam apenas entre 30% e 40% dos pacientes. Com investimentos só este ano de R$ 1,2 bilhão, hoje, em cada 10 pacientes com hepatites virais 9 estão sendo curados. É um trabalho intenso, desgastante, mas com resultados altamente satisfatórios, porque conseguimos avançar muito”.
O parlamentar lembrou que o diagnóstico é fundamental para salvar vidas: “O enfrentamento mais eficaz é através da informação. A imprensa tem um papel muito relevante para conscientizar a população da necessidade das pessoas fazerem o teste rápido, como também cobrar do governo a disponibilização dos kits do exame e dos medicamentos para o tratamento. Esses exames têm que ser feitos por todos, indistintamente, estejam ou não com sintomas da doença, porque muita gente possui o vírus ativo e não tem conhecimento”, aconselhou.
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