Política

Caged aponta queda de 1,32% na geração de trabalho e emprego n

Para o secretário Teles Junior (Seplan), desempenho se deve à falta de investimentos em 2014



O primeiro boletim de 2015 do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) apontou queda de 1,32% na geração de trabalho e emprego em relação ao número de assalariados do mês anterior, dezembro de 2014. De acordo com os números, 1.140 trabalhadores com carteira assinada ficaram desempregados.

Segundo o secretário de Estado do Planejamento, Antônio Teles Junior, o aumento da taxa de desemprego se deve ao desempenho negativo de abertura de postos de trabalho nos setores do comércio, mineração e da construção civil no ano passado. Esses três setores foram os mais prejudicados com a política econômica dos últimos quatro anos implantada no Amapá.

O principal fator para desaceleração de emprego foi o setor mineral, que teve uma redução de 360 trabalhadores, decorrente do fechamento de mineradoras que atuavam no Estado.

Na construção civil, onde 263 pessoas foram dispensadas, o motivo foi a falta de pagamento às empresas construtoras, responsáveis por obras do Governo do Estado. Com o calote, o trabalhador foi dispensado e a obra interrompida.

Já o setor comercial, sofreu um impacto do desempenho negativo dos outros dois setores, além do baixo consumo devido à falta de circulação do dinheiro no estado, o que resultou na redução de 360 funcionários.

O Caged também divulgou o índice de desemprego do ano passado. Em 2014, foram 2.709 empregos celetistas, o que representa redução de 3,09% em relação ao ano anterior.

“Quando assumimos o governo em 2015, até a estrada de ferro tinha sido abandonada pela empresa que executava o serviço, então o setor mineral foi praticamente suprido nos últimos anos. Isso influência para esse resultado negativo que, apesar de ser do mês de janeiro, é um reflexo da gestão anterior que teve uma atuação fraca na economia”, esclareceu Teles Junior.

De acordo com o secretário, o governo está trabalhando para reverter esse quadro, focando principalmente nos setores mais afetados. Na mineração, o governo está incentivando a retomada das atividades das mineradoras. Na construção civil, as negociações com o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) já iniciaram e as obras aos poucos são retomadas.

No comércio, uma ação é o pagamento em dia dos trabalhadores, fazendo com que os mesmos voltem a consumir no mercado local, aquecendo a economia. “Nosso desafio agora é tentar reverter esse quadro, porque o Brasil passa por um momento difícil e no Amapá não é diferente”, afirmou Teles.

Além disso, uma das estratégias do governo para reestruturar a economia é incentivar a vinda de novas atividades produtivas para o Amapá, como é o caso do agronegócio, e também o fortalecimento das cadeias produtivas locais que foram esquecidas nos últimos quatro anos, como por exemplo, o setor moveleiro, que praticamente parou.

“Estamos resgatando esses setores, a partir da política econômica do nosso governo, para que as atividades possam aquecer a economia. A atual gestão está comprometida com as micros e pequenas empresas, através da Central de Licitações, para oportunizar mais negócios”, o Secretário, acrescendo que a expectativa é que os dados sejam revertidos nos próximos meses e a economia do Amapá volte a se desenvolver.


Deixe seu comentário


Publicidade