Capiberibe defende permanência de Dilma na Presidência
PARA O SENADOR, NÃO HÁ BASE LEGAL PARA IMPEACHMENT
O senador João Capiberibe (PSB-AP) afirma que não há qualquer cabimento em querer tirar do poder a presidente Dilma Rousseff apenas porque sua popularidade está baixa. Ele ressaltou, em discurso na Tribuna do Senado, que até o momento, as investigações conduzidas pelo Ministério Público e Polícia Federal não revelaram bases materiais para a abertura de um processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Para ele, nem mesmo o parecer do Tribunal de Contas da União (TCU), que recomendou a reprovação das contas do governo federal do ano passado é justificativa para tirá-la do poder.
Para Capiberibe, a abertura de um processo de impeachment sem as bases constitucionais abre um precedente perigoso, que pode se voltar contra outros governantes, inclusive estaduais e municipais, no calor das lutas políticas regionais. Além disso, o senador questionou a legitimidade do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, para conduzir esse processo.
“Como se isso não bastasse, não podemos nos esquecer que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, a quem cabe, constitucionalmente, iniciar a tramitação de eventuais pedidos de impeachment, não tem hoje nenhuma autoridade política para iniciar um processo de impedimento de quem quer que seja”, protestou o senador.
O parlamentar anunciou que apresentou uma resolução aprovada pelo PSB, em que o partido critica o fato de a gestão Dilmar Rousseff estar entregue a forças conservadoras e antipopulares, com as quais negocia sua sobrevivência. Além disso, o partido reafirma sua postura independente, sem apoiar o governo federal ou aliar-se à oposição de centro-direita. Capiberibe também comunicou que o PSB vai ter candidato próprio para à Presidência da República em 2018.
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