Capiberibe faz inspeção surpresa na Casa de Saúde Indígena e c
Casa de Saúde Indígena (Casai)
Para apurar denúncias de várias lideranças indígenas, o senador João Alberto Capiberibe (PSB), na condição de vice presidente da Comissão de Direitos Humanos do Senado fez uma inspeção surpresa na Casa de Saúde Indígena (Casai). No local, o senador conversou com indígenas de várias etnias, com funcionários e percorreu cada espaço da Casa de Saúde Indígena. A principal reclamação girou em torno do atendimento à saúde. Os indígenas reclamaram da demora na marcação de consultas, que, em alguns casos, estavam há dois meses aguardando.
Um desses casos é o do cacique Damasceno, da aldeia Karipuna, em Oiapoque. Ele e a esposa aguardam há dois meses para consultar a filha de sete anos. A menina é especial e precisa tomar remédio controlado, que só pode ser comprado após consulta e receita médica. “Sofremos juntos com minha filha e basta uma simples consulta para acabar com esse transtorno e não temos nenhuma reposta”, disse.
Parte da visita foi acompanhada pela coordenadora distrital de Saúde Indígena, Nilma Pureza, e pela diretora da Casai, Ana Maria Quaresma de Souza, que culparam o Sistema Único de Saúde (SUS) pela demora no atendimento.
“Vamos elaborar relatório e exigir que providências sejam tomadas para resolver esse problema, que aparentemente é o principal, mas é preciso levantar outros dados que nos foram apresentados, como alimentação”, explicou o senador Capiberibe, ao constatar que a farmácia da casa de abrigo estava com as portas fechadas.
No segundo semestre de 2014, a partir de requerimentos do senador João Capiberibe e da deputada Janete Capiberibe (ambos do PSB/AP), foi realizada audiência pública conjunta das comissões de Direitos Humanos do Senado e da Câmara dos Deputados. Na ocasião, foi solicitada, junto ao Ministério da Saúde, uma auditagem das contas do Distrito Sanitário Especial Indígena do Amapá (DSEI) dos últimos três anos.
Na época foram apresentados fotos e áudios da Casai, que mostravam condições inapropriadas de funcionamento do local, falta de medicamentos, precariedade de serviços, alimentação inadequada, bem como de maus tratos praticados pela chefa da Casai-Macapá denunciados pelos índios.
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