Política

Combate à violência contra mulher é destaque na Assembleia Legislativa

Delegada de polícia civil Sandra Dantas, com quase 37 anos de carreira, da tribuna falou de sua trajetória e ensinou que ofensas criminosas e importunações sexuais não devem ser toleradas


 

Durante a sessão ordinária dessa terça-feira, 12, na Assembleia Legislativa do Amapá (Alap), como parte da programação do Mês da Mulher, a deputada Aldilene Souza (PDT) cedeu espaço no grande expediente à delegada de polícia civil, Sandra Dantas. A delegada destacou o trabalho da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher (DCCM) no combate à violência contra as mulheres.

 

Em seu pronunciamento, Sandra Dantas mencionou o caso do policial militar Kassio de Mangas, que em 12 de agosto de 2018 assassinou sua ex-companheira, a cabo PM Emily Karine de Miranda Monteiro, ressaltando que o crime foi motivado pela recusa de Mangas em aceitar o fim do relacionamento.

 

Prestes a completar 37 anos de serviço, com passagens pela DCCM, Corregedoria de Polícia, Diretoria do Instituto Penitenciário do Amapá (Iapen) e Delegacia Geral de Polícia do Amapá, Sandra Dantas declarou sua paixão pela profissão e afirmou que não pretende se aposentar. “Eu amo ser policial civil, amo essa profissão desde que cheguei ao Amapá vindo muito jovem do estado do Pará”, disse a delegada.

 

 

Sandra Dantas destacou que muitos avanços em relação aos direitos da mulher foram conquistados ao longo dos últimos anos. “Mas não temos o que comemorar em relação à violência contra a mulher”, explicou a delegada, enfatizando a importância do respeito às mulheres em todos os lugares. “Ofensas criminosas, importunações sexuais acontecem e não devem ser toleradas. Isso não é cultura”, justificou.

 

A delegada também informou que realiza palestras sobre o tema em escolas e entidades do Amapá. “Nós aplicamos a lei, trabalhando ativamente no combate a essa violência”, assegurou Dantas, que citou alguns casos de feminicídio no estado. A manifestação da delegada foi compartilhada pelos deputados Pastor Oliveira (Republicanos) e Fabricio Furlan (Rede).

 

Na mesma sessão, os deputados aprovaram quase 50 matérias, com ênfase para dois projetos de decreto legislativo. O primeiro, de autoria da presidente da Casa, deputada Alliny Serrão (União), propõe a concessão do título de Cidadão Amapaense ao diretor executivo do Grupo Rede Amazônica, Eduardo Forner Fiore. O segundo, de autoria do deputado Jory Oeiras (PP), propõe a concessão do mesmo título ao Dr. José Aílton Cruz Medeiros.

 

Também foram aprovadas 14 moções de aplauso e 33 requerimentos. Destaque para o requerimento do deputado Rodolfo Vale (PCdoB), que solicita a realização de uma sessão solene no dia 30 de agosto para celebrar o Dia Estadual dos Ostomizados. O deputado Pastor Oliveira também teve um requerimento aprovado, solicitando do Governo do Amapá a implantação da Companhia Independente de Moto Patrulhamento.

 

Por fim, a pedido do deputado Jory Oeiras, a coordenadora do cadastro reserva do concurso público da Fundação da Criança e do Adolescente do Estado do Amapá (Fcria), Lana Torres, discursou na tribuna da Casa. Ela explicou a situação do quadro de funcionários efetivos do órgão e a ansiedade das 90 pessoas que aguardam a convocação do cadastro reserva, suspenso em 2020 devido à pandemia de covid-19 e prorrogado até março de 2025.

 


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