Política

Comissão de Saúde da AL avalia problemas na saúde

Pedro Leite diz que não tem como honrar compromissos


A Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa (AL) realizou Sessão Extraordinária para avaliar as visitas técnicas feitas às unidades hospitalares do Estado e o pedido de remanejamento de recursos para o setor feito pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).

A comissão também analisou o relatório encaminhado à Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), onde relata a “gravíssima situação orçamentária da Sesa” e a necessidade de remanejar recursos para aliviar a crise que afeta a saúde no Amapá.

No relatório, o secretário afirma que a Sesa não tem mais como arcar com os compromissos e demandas financeiras no setor e que o governo precisa que haja remanejamento de recursos de outras secretarias para a saúde.

O deputado Max da AABB (PSB) admitiu que a Sesa precisa de ajuda para melhorar a área de saúde, mas é cético com relação às propostas apresentadas por Pedro Leite: “A situação é crítica, reconheço, e a população cobra solução imediata, mas é preciso encontrar o caminho. O remanejamento de verbas vai resolver a situação? Não podemos simplesmente aprovar um aumento suplementar, temos que discutir a situação”.

O deputado demonstrou preocupação no que diz respeito à falta de credenciamento dos hospitais e de um sistema de controle de gastos e estoque de materiais nas unidades: “Hoje nossos hospitais não atendem às exigências do SUS e por isso o Estado recebe apenas em torno de 10% de todo o valor que faria jus se caso os hospitais tivessem aptos e credenciados. Também precisamos melhorar o sistema de controle. Pra se ter uma ideia, a White Martins fornece e faz as medições e ao mesmo tempo fiscaliza, porque não há quem certifique se todo o oxigênio, que é cobrado, foi entregue. O mesmo acontece com a distribuição de remédios, não existe um sistema informatizado que controle o estoque e a entrega de medicamentos aos pacientes. Isso causa evasão e desperdícios. Se houvesse um controle, poderíamos ter uma economia de pelo menos 30% só em medicamentos”.


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