Política

Conceição Medeiros admite que área da educação é deficiente no

Secretária diz que atual gestão está corrigindo problemas



 

Entrevistada na manhã dessa quarta-feira, 17, no programa LuizMeloEntrevista (DiárioFM 90.9), após ser questionada pelo presidente do Sindicato dos Servidores Públicos em Educação no Amapá (Sinsepeap), Aroldo Rabelo, que qualificou a educação pública do Amapá como “falida”, a secretária de Estado de Educação, Conceição Medeiros, admitiu que o setor do estado é deficitário.

“Concordo em parte com o Rabelo, ele sabe que, como militante e ex presidente do Sinsepeap sempre defendi a escola pública, não tenho nada contra a privada, porém defendo de forma ardorosa a escola pública, porque é lá que está o filho do trabalhador, sou filha de lavadeira com carpinteiro, por isso defendo a qualidade da escola pública, mas às vezes eu tenho vergonha de dizer que aquilo é uma escola, porque pra ser uma escola, não é só colocar aluno e professor dentro, tem que ter uma mínima estrutura, precisamos colocar as ferramentas necessárias, laboratórios, internet, pois sem fluidez para aluno fazer pesquisa de forma pessoal e individualizada orientada pelo professor”.

A Secretária reclamou que, na contramão das escolas de educação básica, as escolas federais são sempre beneficiadas com maior volume de recursos: “Basta ver os resultados, que mostram claramente como se destacam as escolas federais no IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), enquanto os resultados das escolas públicas são péssimos. Temos que trabalhar para alcançar um melhor nível na qualidade de ensino desde a pré-escola, senão nunca teremos alunos de boa qualidade. A baixa qualificação dos professores do Amapá não perde para o resto do Brasil, mas temos que lutar para melhorar a qualidade da educação do estado, e para isso temos que iniciar na base”, pontuou.

O presidente do Sinsepeap retrucou: “A secretária está equivocada, porque o Amapá é um dos mais qualificados em professores de todo o país, onde se registra, no mínimo, o curso de magistério, e a maioria tem especialização. Concordo que a péssima qualidade de ensino não é só no Amapá, é em nível nacional, exatamente por falta de investimentos, condições de trabalho e valorização dos professores. O problema é que o governo busca o sucateamento do serviço público para privilegiar o privado”, reclamou. (Ramon Palhares)


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