Davi diz que votará contra qualquer medida que aumente impostos
APÓS REUNIÃO COM MINISTROS DA FAZENDA E DO PLANEJAMENTO
Os ministros Joaquim Levy, da Fazenda, e Nelson Barbosa, do Planejamento, foram ao Congresso Naciconal, na Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização – CMO, da qual Davi é membro. Essa reunião foi reservada apenas para os membros e líderes, para falar sobre o pacote de ajuste fiscal. Esse é o assunto do momento e que divide opiniões tanto na base do governo, quanto na oposição.
O senador democrata Davi Alcolumbre é uma das vozes que se levantam contra a maior parte das ações do pacote, principalmente sobre a volta da CPMF, o imposto sobre movimentação financeira. “Os brasileiros já estão sobrecarregados de impostos, muitos contraíram dívidas e estão penando pra tentar quitar e o governo acha que a alternativa pra sair dessa crise, criada pelo próprio governo, diga-se de passagem, é aumentar a arrecadação através de impostos”.
Nas contas do governo, pra aprovar a volta da CPMF, seriam necessários 308 votos na Câmara dos Deputados e 42 no Senado, mas hoje a proposta teria pouco mais da metade dos votos. Isso com a base de apoio também dividida.
Os ministros fizeram várias explanações, colocaram os motivos e o que o governo espera com o pacote de ajuste fiscal, mas não convenceram o senador Davi, “Tentar usar como argumento que o dinheiro vai ser redistribuído para ajudar os estados é golpe. Primeiro que muitos estados também não estão cortando na carne. Estão com as folhas de pagamentos no limite da lei de responsabilidade fiscal ao invés de cortar despesas”.
O governo tem o prazo de 15 dias para enviar o projeto em forma de PEC – Proposta de Emenda à Constituição e trabalhar a articulação política para assegurar os votos, coisa que parece estar muito difícil.
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