“Democracia é uma forma de consciência que se realiza como forma de governo”, diz Daniel Chaves
Professor e doutor em história comparada observa que regime é um conceito universal que tem a ditadura historicamente como inimiga
Douglas Lima
Editor
No ensejo do Dia da Democracia no Brasil, 25 de outubro, o professor Daniel Chaves, doutor em história comparada, disse no programa ‘LuizMeloEntrevista’ (Diário FM 90,9) que desde a sua independência o país tem a sua vivência democrática sob ameaça, entremeada de hiatos e com direitos suprimidos.
O portal SenadoNotícias registra que o Dia da Democracia no Brasil lembra a morte do jornalista Vladimir Herzog, então diretor de jornalismo da TV Cultura, ocorrida sob tortura nas dependências do Destacamento de Operações de Informação – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi) em 25 de outubro de 1975, em São Paulo.
No rádio, nesta quarta-feira, o professor Daniel Chaves observou que os hiatos que marcam a democracia nacional aparentemente estacionaram em 1985, ano em que o país passou a experimentar um estado democrático que tem conseguido calar as vozes contrárias.
Daniel ensinou que a democracia é uma forma instituída, constitucional, em que prevalece uma igualdade entre todos e onde todo mundo tem o mesmo direito. “É uma forma de você construir a sociedade em atenção aos menos favorecidos, como os negros, indígenas, ribeirinhos e quilombolas”, definiu.
O professor também explicou que a democracia é um conceito universal e amplo que tem a ditadura historicamente como inimiga. Ele citou o próprio Brasil como exemplo, que rememora a importância da democracia com a lembrança da morte do jornalista Vladimir Herzog.
Daniel ainda observou que a democracia é uma forma de consciência, mas que também se realiza como forma de governo. “É um exercício constante na relação com o próximo, colocando-o dentro de um patamar de igualdade”, concluiu.
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