Dengue: vacina deve começar a ser aplicada pelo SUS, afirma deputado Dorinaldo
Trata-se de uma vacina feita com vírus vivo atenuado, que estimula a criação de anticorpos sem, no entanto, provocar a doença
Presidente da “Frente Parlamentar em Defesa da Vacina”, Dorinaldo Malafaia anunciou, nesta sexta-feira (8), que vacinas contra a dengue deverão ser aplicadas na população através do Sistema Único de Saúde (SUS).
Desde março de 2023 há imunizantes aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que realiza diversas fases de testes rigorosos até a liberação de novas vacinas. Em junho, a rede privada de saúde começou a realizar a aplicação dos imunizantes, no entanto, até o momento, não há aplicação na rede pública de saúde.
“A vacina está testada e retestada e o aumento de casos no país, o forte calor que propicia ainda mais a profusão da doença, os casos de óbitos nos últimos dois anos, fizeram com que o Ministério da Saúde abrisse uma consulta pública sobre as vacinas contra a dengue. Para nós é um passo fundamental. Estudos demonstraram que a aplicação do imunizante reduziu em até 84% casos de hospitalizações. Vacinas salvam vidas”, comentou Malafaia.
Consulta pública
A ministra Nísia Trindade declarou, em coletiva de imprensa realizada na quinta-feira (7), que por dois anos seguidos a dengue ceifou a vida de mais de mil brasileiros e que, portanto, a estratégia vacinal deverá ser incorporada ao combate da doença.
“Este processo de incorporação poderá se constituir em uma alternativa importante para auxiliar no enfrentamento da doença, alinhada às demais estratégias já implementadas atualmente”, declarou a ministra.
O imunizante que está em consulta pública aberta pela Conitec, que é a câmara técnica responsável pela incorporação de novas tecnologias na saúde brasileira, é o “Qdenga”, do laboratório japonês Takeda. Trata-se de uma vacina feita com vírus vivo atenuado, que estimula a criação de anticorpos sem, no entanto, provocar a doença.
A vacina é encontrada atualmente por cerca de R$ 450 e o Ministério da Saúde espera que o laboratório possa baratear o imunizante para efetivar contrato. Outro ponto destacado pelo MS foi que grupos prioritários devem ser definidos, já que em 2023 a capacidade de produção dos laboratórios é de cerca de 8 milhões de doses, número insuficiente para vacinar o conjunto da população.
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