Deputado Charles quer debater abordagens policiais na Comissão
Marques disse que o colegiado poderá convidar o comandante geral da Polícia Militar (PM) para prestar esclarecimentos sobre a diretriz preconizada para as abordagens policiais nas ruas ou, como é o caso do BPRE, nas rodovias do estado. “A gente tem informações preliminares a respeito dessa ocorrência, sabemos do nível de estresse para um policial ao lidar com circunstâncias como abordar um condutor em fuga, à noite principalmente, mas um agente do estado recebe na formação toda a capacitação necessária para lidar com isso sem exceder os limites da lei”, completou.
O deputado estadual Charles Marques (PSDC), que é membro da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa do Amapá (ALAP), manifestou-se na sessão desta terça-feira (16) sobre a polêmica em torno da prisão de um jovem de Santana, durante o fim de semana, que dirigia sem habilitação o carro do pai. O rapaz teria sido agredido por militares de uma guarnição do Batalhão de Polícia Rodoviária Estadual (BPRE), após ser perseguido por não atender a um comando de trânsito. Ele é acusado de direção perigosa.
Marques disse que o colegiado poderá convidar o comandante geral da Polícia Militar (PM) para prestar esclarecimentos sobre a diretriz preconizada para as abordagens policiais nas ruas ou, como é o caso do BPRE, nas rodovias do estado. “A gente tem informações preliminares a respeito dessa ocorrência, sabemos do nível de estresse para um policial ao lidar com circunstâncias como abordar um condutor em fuga, à noite principalmente, mas um agente do estado recebe na formação toda a capacitação necessária para lidar com isso sem exceder os limites da lei”, completou.
O assunto foi amplamente debatido entre os parlamentares presentes. Pedro da Lua (PMB) lembrou que o pai do rapaz envolvido na ocorrência é pré-candidato a prefeito de Santana. O parlamentar sublinhou que Ofiney Sadala, hoje empresário, já foi juiz de direito e promotor de justiça, portanto uma pessoa pública, daí toda a visibilidade que o caso ganhou, então lembrou que podem ocorrer casos semelhantes que não tenham a devida notoriedade. Ele preside a Comissão de Direitos Humanos no Parlamento Estadual.
Paulo Lemos (PSOL) disse ter sido colega de Ofiney Sadala em vários cursinhos pré-vestibulares e lembrou da postura sempre legalista de seu colega, que também é professor. “Eu me solidarizo com ele e sua família e espero uma rigorosa apuração por parte do inquérito policial bem como por parte do Comando da PM, sua corregedoria, enfim”. Lemos lembrou que Sadala admitiu o erro do filho, mas o questionamento é sobre possíveis excessos ou abusos de autoridades praticados pelos militares.
O psolista também lembrou que aprendeu a dirigir aos 12 anos de idade, o que era comum no passado, quando não se tinha uma legislação mais rigorosa como atualmente. “Sabemos que é difícil para um filho ver em casa um carro na garagem e não poder dirigir. A pressão é muito grande com certeza, mas os pais devem discutir esse tema abertamente, esclarecendo a família a respeitos dos riscos que uma atitude como essa de pegar o carro sem o consentimento dos responsáveis pode provocar”, concluiu Paulo Lemos.
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