Política

Deputados ouvem reivindicações de presos

Durante manifestação no Iapen


O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, deputado Pedro da Lua, e o membro da comissão de Segurança Pública, deputado Jory Oeiras, realizaram vistoria no Instituto de Administração Penitenciária (Iapen). É a terceira vez, somente este ano, que os parlamentares acompanham de perto a situação dos detentos.

Desta vez a motivação foi um manifesto feito por detentos, na área interna, e por familiares, em frente ao Iapen. Eles denunciaram supostos maus-tratos que presos estariam sofrendo dentro de celas durante a madrugada. Segundo parentes de presos, agentes penitenciários estariam batendo, utilizando choque e spray de pimenta para agredir os detentos.

Para chamar a atenção das autoridades, os presos se negaram a sair das celas e reivindicaram a presença da imprensa e dos parlamentares. Eles relataram que a comida não é de boa qualidade e a água imprópria para o consumo humano.

O diretor do Iapen, Jeferson Dias, acompanhou a vistoria dos deputados e ouviu as reivindicações: “Estamos entrando nas celas e conversando com todos os internos e também vamos ouvir os agentes para buscar resolver essas situações e apurar de quem é a responsabilidade”. Ele também explicou que, no presídio, os agentes que atuam no Grupo Tático Prisional (GTP), treinado pelo Batalhão de Operações Especiais (Bope), utilizam spray de pimenta somente em caso de rebelião e para conter brigas entre os detentos.

Após a vistoria, os parlamentares reuniram na Assembleia Legislativa (AL) com a missionária Acirene Araújo Costa, presidente do Conselho Penitenciário Estadual. Ela relatou que, em 30 anos que acompanha a situação dos presos do Iapen, é a primeira vez que deputados se propõem a acompanhar de perto a situação.

Durante a reunião, ficou definido o afastamento para funções administrativas dos agentes penitenciários acusados de maus tratos, enquanto prosseguir a apuração. Além disso, serão feitos mutirões carcerários permanentes para apurar a situação de presos que supostamente já tem direito a progressões de penas.


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