Empresa norte americana recorre ao Judiciário com proposta para assumir controle do Projeto Jari
A Ridex Estate cita a necessidade de ficar com o controle e providenciar investimentos para pagamento do passivo
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A empresa norte americana Rydex Real Estate Investiment LLC, com sede em Miami, na Flórida, está requerendo a aquisição de controle do projeto Jari. De São Paulo, a proposta foi apresentada no dia 28 de janeiro à justiça do Pará, Vara Distrital de Monte Dourado, onde tramita, desde 2019, processo de falência e recuperação judicial. O requerimento é assinado pelo advogado Luciano de Pellegrini, inscrito na OAB do Rio Grande do Sul.
No documento, a Ridex Real Estate registra ao judiciário que possui tratativas para compra do controle das empresas do Grupo Jari, através da aquisição da totalidade das ações da controladora Saga Investimento e Participações do Brasil S/A (Saga).
E empresa norte americana afirma que existe nos autos da recuperação judicial determinação de que qualquer alteração de controle do grupo devedor seja precedida de autorização judicial. “Ademais, considerando o vulto, a complexidade e todas as particularidades do processo, bem como as exigências legais e a necessidade de transparência e segurança jurídica inafastável a decisão do juízo recuperacional acerca da operação”, cita trecho do documento.
Através de seu advogado, a Ridex Real esclarece, por oportuno, que as bases negociais, em síntese, implicam na aquisição de controle, seguida de investimento para pagamento do passivo concursal conforme PRJ aprovado, bem como o equacionamento do passivo extraconcursal após due diligence e de dentro do planejamento operacional a ser estabelecido. O valor do passivo não é citado no documento.
Diante disso a Ridex Estate está requerendo decisão acerca da possibilidade de aquisição de controle do grupo devedor do projeto Jari.
O documento foi encaminhado ao juiz de direito da Vara Cível Distrital de Monte Dourado da Comarca de Almerim, no Pará, onde fica a sede do projeto.
A Jari integra o grupo comandado pelo paulista Sérgio Amoroso. Acumulando dívida de 2,4 bilhões de reais, (dados de 2019) a Jari chegou a conseguir a aprovação do pedido de recuperação judicial no juízo de 1º grau, em Almerim, mas o desembargador José Maria do Rosário suspendeu a decisão, alegando que o foro competente é o de Barueri, na grande São Paulo, onde a corporação tem a sua sede. A Jari já demitiu funcionários, sem pagar os direitos trabalhistas.
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