Empresa Vigex é acionada junto ao Ministério Público do Trabalho acusada de receber e não pagar seus empregados
A empresa, que perdeu contrato com a Sead, recebeu mais de R$ 1 milhão do acordo firmado com o governo do estado
Paulo Silva
Editoria de Política
A Procuradoria do Trabalho no Município de Macapá, órgão do Ministério Público do Trabalho (MPT) recebeu denúncia contra a empresa de vigilância Vigex, acusada cometer irregularidades trabalhistas ao receber dinheiro do governo do estado e não pagar seus empregados. Por irregularidades, a empresa perdeu o contrato que tinha com o governo do Amapá na secretaria de Administração (Sead).
De acordo com a denúncia recebida pelo MPT, o Sindicato dos Vigilantes (Sindiviap) ajuizou ação coletiva de trabalho contra a Vigex, tendo firmado acordo pelo qual o governo do Amapá depositaria nos autos a quantia de R$ 1.190.332,96, dinheiro que em seguida seria liberado ao advogado da Vigex, Paulo Vitor Oliveira dos Santos, para pagamento dos substituídos vinculados ao contrato mantido entre empresa reclamada e eventuais recolhimentos fiscais e previdenciários, referentes ao salários de dezembro/2022, julho/2023 e agosto/2023, devendo juntar nos autos os devidos comprovantes no prazo de 48 horas, conforme planilha a ser juntada pela reclam ada Vigex.
No dia 19 de dezembro, narra a denúncia, foi expedido o alvará no valor de R$ 1.191.411,65 em nome do advogado da empresa, que deveria pagar os 104 trabalhadores substituídos da ação coletiva. Alguns receberam dois meses, outros um mês e alguns não receberam nenhum mês.
Os denunciantes informaram ao Ministério Público do Trabalho que entraram em contato com a empresa Vigex, que respondeu que a questão não deveria ser tratada com eles, mas com o sindicato. Eles foram atendidos pelo sindicato, que afirmou que oficiaria a OAB Amapá diante da conduta do patrono da empresa de vigilância.
Havia a promessa, que teria sido feita pelo advogado da Vigex, de que todos os 104 trabalhadores seriam pagos até o dia 22 de dezembro, o que não ocorreu. Diante disso, resolveram solicitar providências ao Ministério Público do Trabalho, para intervenção no caso, dentro da atribuição do órgão.
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