Especialista analisa carisma exótico e propostas radicais de Javier Milei
Para o doutor em história comparada, Daniel Chaves, presidente eleito da Argentina se arrisca ao se afastar do maior parceiro comercial do país e apostar na dolarização
Wallace Fonseca
Estagiário
Após vencer o segundo turno das eleições presidenciais da Argentina, Javier Milei tomará posse no próximo dia 10, assumindo a Casa Rosada. Notório pelas suas participações em programas de TV com falas polêmicas, Milei é economista e pega uma Argentina em crise, conforme informa o doutor em história comparada, Daniel Chaves.
Para Daniel, Javier Milei se mostrou como um candidato que “mostra bravura necessária para resolver os problemas econômicos da Argentina”.
“Javier chama a atenção por parecer um homem comum, que pode ser considerado populista, com carisma exótico e propostas radicais”, disse Daniel no programa ‘LuizMeloEntrevista’ (Diário FM 90,9) desta terça-feira, 21.
De ultradireita, Javier não esconde seu apreço pelo ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, que já foi convidado para sua posse. Para Javier, conforme dito por Daniel Chaves, a parceria histórica entre as duas nações se vê ameaçada, já que Lula é visto como comunista pelo argentino, que também vê a China como ‘inimiga’. “Milei não pretende ter relações preferenciais com o Brasil e a China, nem sequer amigáveis”, disse Daniel.
Na área econômica, além do afastamento do maior parceiro comercial da Argentina, a China, o plano de Javier estabelecerá a ‘dolarização’, substituindo a moeda local, o peso argentino, pelo dólar americano. Daniel alerta dos riscos da troca: “Deu certo umas vezes, noutras vezes deu errado. No Panamá deu certo, no Zimbabwe, não. É uma decisão controversa e profundamente ousada”, concluiu o doutor Daniel Chaves.
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