Política

Especialista comenta transição energética e exploração de petróleo

Dr. Alexandre Aroeira Salles falou sobre questões legislativas pertinentes a fontes de energias alternativas e à atuação do Ibama acerca de prospecções petrolíferas na Margem Equatorial do Amapá


 

Douglas Lima
Editor

 

A situação da possível exploração de petróleo na Margem Equatorial do Amapá e das negativas do Ibama foram algumas das pautas da fala do Dr. Alexandre Aroeira Salles, que advoga em projetos de infraestrutura, energia e óleo e gás, no programa Ponto de Encontro (Diário FM 90,9) desta terça-feira, 9. O especialista também comentou sobre a transição energética no Amapá.

 

Para Alexandre, a transição energética é um dos assuntos do momento no Brasil e no mundo inteiro. “Como será feita? Existem várias apostas, algumas ligadas à energia solar, algumas envolvendo o hidrogênio verde, nesta o Brasil pode se tornar uma potência. Temos também nossa matriz energética limpa, a força das águas e dos rios do Amapá são uma grande oportunidade de contribuir com o meio ambiente”, disse o especialista.

 

Sobre a questão da exploração do petróleo, Alexandre disse que existem várias discussões, mas quando respeitado o meio ambiente, “não há problema nenhum”. O especialista ainda afirma que o Amapá pode ser um importante protagonista, assim como seus vizinhos próximos, citando a Guiana Francesa. “Tem muita coisa ainda que podemos avançar”, adiantou Alexandre.

 

Sobre a interferência dos poderes na decisão do Ibama, Alexandre pontuou: “Temos uma matriz legislativa estabelecida, entregando a competência para o licenciamento ambiental, são técnicos extremamente preocupados e afetos a questões mais sensíveis em relação ao meio ambiente. Temos um ponto de vista de extrema preocupação ao meio ambiente. É uma questão política; o mundo inteiro está olhando”, disse.

 

Acerca do possível salto econômico que o Amapá pode alçar com a retorno financeiro das energias renováveis e de exploração do petróleo, Alexandre comentou: “Se houver uma sensibilização política de entrega para o Congresso, a condição dele atuar trazendo a adequação de nossas leis, poderá ocorrer com que o Ibama acelere o processo que ele tem hoje para liberar a possibilidade de prospecção do petróleo e gás no Amapá”, informou.

 

“O Poder Legislativo pensa e define o caminho que a Nação deve seguir, o Executivo cumpre o que o Legislativo determina. Não há dúvida que nosso modelo constitucional e o Legislativo têm, sim, essa prerrogativa. Em caso de se identificar falhas ou irrigação de forma que possa impedir que o Amapá explore, ele pode fazer ajustes na legislação entregando essa condição ao nosso país e ao maravilhoso estado do Amapá”, concluiu Alexandre.

 


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