Exploração na Margem Equatorial deve começar em 2025, diz Silveira
Governo afirma que produção na região é uma decisão estratégica para que o país não tenha que importar petróleo nos próximos 10 anos
O ministro de minas e energia, Alexandre Silveira (PSD), disse nessa quarta-feira, 8, estar confiante de que a exploração na Bacia da Foz do Rio Amazonas, na Margem Equatorial, deve começar em 2025. A operação está travada desde o ano passado, quando técnicos do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) recomendaram manter a negativa à emissão de uma licença ambiental para a Petrobras perfurar o poço no local.
“Tenho confiança de que a exploração da Margem Equatorial saia este ano. A Petrobras sanou todas as dúvidas do Ibama. Isso não é uma questão ideológica, é uma questão mercadológica”, disse o ministro a jornalistas durante o evento em memória dos 2 anos do 8 de Janeiro.
Margem Equatorial
A Margem Equatorial ganhou notoriedade nos últimos anos. Descobertas recentes de petróleo e gás no litoral da Colômbia, Guiana, Guiana Francesa e do Suriname mostraram o potencial petrolífero da região, localizada próxima à linha do Equador.
No Brasil, estende-se a partir do Rio Grande do Norte, e segue até ao Amapá. A Petrobras tem 16 poços na nova fronteira exploratória. No entanto, só tem autorização do Ibama, órgão ligado ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, para perfurar 2 deles, na costa do Rio Grande do Norte.
A exploração é criticada por ambientalistas. O Ibama negou a licença para áreas como a da bacia da Foz do Amazonas, identificada como FZA-M-59. O bloco fica a 175 km da costa, a uma profundidade de 2.880 km. Apesar do nome Foz do Amazonas, o local fica a 540 quilômetro da foz do rio, propriamente dita.
A Petrobras afirma que a produção de óleo a partir da Margem Equatorial é uma decisão estratégica para que o país não tenha que importar petróleo nos próximos 10 anos. Um estudo da EPE (Empresa de Pesquisa Energética) estima que o volume potencial total recuperável da bacia da Foz do Amazonas pode chegar a 10 bilhões de barris de óleo equivalente.
Para efeito de comparação, dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) mostram que o Brasil tem 66 bilhões de barris, entre reservas provadas, prováveis e possíveis.
(Fonte: Poder360)
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