Fala de Bode Queiroga agita meios políticos e jurídicos do estado
Julgamento do Tribunal Regional Eleitoral cassou Zeca Madeireiro.
Uma gravação que nominalmente menciona a vinculação de juiz eleitoral e advogados em atos aparentemente ilegais foi o assunto dessa segunda-feira, 28, em todas as rodas políticas e jurídicas do Amapá. A gravação, que teria sido feita em abril de 2014, revela uma conversa entre o prefeito Walber Queiroga de Souza (PDT), de Laranjal do Jari, e o advogado contratado para defender interesses do município fora da área eleitoral.
No dia 7 de abril daquele ano, o Pleno do Tribunal Regional Eleitoral do Amapá manteve, por cinco votos a um, a cassação do prefeito do município de Laranjal do Jari, Manoel Alves Pereira (conhecido como Zeca Madeireiro), e de sua vice prefeita, Nazilda Rodrigues Fernandes, eleitos em 2012. Foi vencido o relator do caso, juiz Agostino Silvério Junior.
A decisão do tribunal, mantendo resultado de julgamento da juíza eleitoral Carline Regina Negreiros de Cabral Nunes, titular da 7ª Zona Eleitoral, garantiu Walber Queiroga no cargo de prefeito até esta data. Nesta terça, na sessão do Tribunal Superior Eleitoral, será julgado recurso do prefeito cassado para retornar ao mandato. O relator do recurso é o ministro Luiz Fux.
A gravação, feita pelo advogado, inicialmente trata de valores de honorários a serem pagos pelo prefeito e mostra não ter havido acordo. Em determinado momento, o prefeito passa a dizer que precisaria ter em mãos R$ 50 mil para resolver situação eleitoral, pois na segunda-feira, até oito horas, teria que cumprir acordo com dois juízes do Tribunal Regional Eleitoral, onde seria julgado.
São citados nomes de juízes, advogados e de um deputado estadual, sendo que esse último seria o responsável pelo repasse do dinheiro. A gravação encerra sem que se saiba se o prefeito recebeu o dinheiro do advogado, e se ele foi repassado aos juízes.
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