Diário Política

Gesiel Oliveira abre rodada de entrevistas com candidatos ao governo do Amapá

Gesiel é pastor e professor com formação em Teologia, Direito e Geografia. É a primeira vez que disputa um cargo eletivo.


Railana Pantoja
Editora-chefe

 

O Sistema Diário de Comunicação iniciou nesta sexta-feira (19) a rodada de entrevistas com os candidatos ao Governo do Amapá em 2022. O primeiro entrevistado foi Gesiel Oliveira, de 44 anos, bacharel em Direito e Geografia, formado pela Unifap, pós-graduado em Docência e Ensino Superior, teólogo formado pela FATECH e pela Escola de Educação Teológica das Assembleia de Deus no Brasil.

Gesiel é escritor, membro da Academia de Letras Evangélica do Amapá, ocupando a cadeira vitalícia de nº 19, Oficial de Justiça do TJAP, conferencista, Professor de Teologia, Direito Penal, Processo Penal e pastor vice-presidente da Convenção da Assembleia de Deus Zona Norte, uma das maiores igrejas evangélicas do Amapá.

Diário- Como seria um pastor evangélico comandando o executivo estadual?
Gesiel- Além de pastor, eu tenho uma longa formação. Hoje entendo que Deus me preparou desde sempre para esse momento. Sou professor de Direito Administrativo, Constitucional e Penal, eu sei como deve ser organizada a estrutura administrativa para o estado. Eu digo que hoje os cristãos estão falando de política para não serem proibidos de falar de Jesus amanhã; não adianta orar como cristão e votar com ímpio. Não estou recebendo apoio de grandes líderes do estado, não sou candidato de igreja ou grupo de pastores. Minha candidatura é espontânea, para representar o cidadão de bem do Amapá. Como cristão e ficha limpa, estou à disposição da população com meu plano de governo.

 

Diário- Uma pesquisa recente diz que a alta de Bolsonaro entre os evangélicos era previsível. O senhor concorda? É adepto ao Bolsonarismo?
Gesiel- Era previsível, até porque o Lula levanta pautas infelizes que vão de desencontro ao nosso posicionamento, como aborto e liberação de drogas. Isso nos afronta muito e é confrontado por Bolsonaro. Então, é uma questão ideológica mesmo. As bandeiras levantadas pelo conservadorismo são os princípios dos evangélicos: Deus, pátria, família e liberdade. Isso existe antes do Bolsonarismo. Então, eu sou conservador, liberal e cristão, essa é minha ótica ideológica.

Diário- O apagão de 2020 escancarou a falta de qualidade de energia que o Amapá vive, embora possua quatro hidrelétricas que abastecem outros estados. Como resolver esse problema?
Gesiel- Sabe qual a solução para o estado, de maneira isolada? Incentivar o uso de energia eólica. É uma energia limpa, que vai levar qualidade de vida até para as comunidades mais distantes. E, ao mesmo tempo, precisamos sentar com a bancada federal para resolver essa situação. É inadmissível ter 4 hidrelétricas gerando três vezes mais energia que o necessário e a gente pague uma das energias mais caras do país. A energia do linhão nacional chega mais barata em Santa Catarina do que no Amapá, sendo que nós geramos.

 

Diário- Há quem diga que a falta de ligação terrestre do Amapá com o resto do país prejudica nosso desenvolvimento e impede a chegada de investidores. Como mudar essa realidade?
Gesiel- Temos duas saídas terrestres: a primeira e pelo platô das Guianas, que está pronta, e nesse espaço geográfico há mais de 2,5 milhões de pessoas, ou seja, um mercado consumidor gigantesco. Nosso projeto é chamar empresas para se instalarem em Oiapoque, já que não podemos atravessar livremente para a França, mas eles podem vir direto pra cá. Vamos utilizar o recurso que vem de lá, utilizando grandes empresas em Oiapoque, lá a moeda é euro e ouro, é um local promissor. Além disso, pretendemos restaurar a malha ferroviária, integrando Santana e Oiapoque, podendo escoar a produção dos municípios via trem e porto.

Diário- Para a administração funcionar é necessário ter pessoal. O senhor pretende chamar novos servidores desses últimos concursos?
Gesiel- Especialmente por causa da transposição, o estado vai precisar fazer vários novos concursos. Então, tenham a certeza que nós teremos esse compromisso com os amapaenses que estudam para concurso. Com a transposição para a União, abre-se um espaço no orçamento do estado para que a gente possa organizar melhor a estrutura do Amapá. E temos o compromisso, sim, de chamar os recentes aprovados em concursos, dentro dos limites da lei.

De candidato para candidato: Jaime Nunes (PSD) pergunta para Gesiel (PRTB).
Jaime- Qual a sua proposta para atrair novas empresas e gerar empregos no Amapá?
Gesiel- Primeiro é necessário o destravamento dessa malha democrática que emperra o Amapá. É interessante observar que alguns poucos empresários do estado conseguiram crescer de maneira absurda durante a pandemia, enquanto a maioria das empresas era quebrada, obrigadas a fechar, comerciantes eram presos; e tanto o governador quanto o vice-governador se omitiram e não apoiaram os comerciantes. Queremos incentivar o agronegócio e a agricultura familiar, a produção de alimentos precisa avançar. Empreendedorismo é a base.


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