Prefeito de Calçoene descreve quadro de destruição na Praia do Goiabal
Reinaldo Barros falou no rádio, pelo telefone, após encontro que teve com o governador Clécio no Palácio do Setentrião
Douglas Lima
Editor
O prefeito de Calçoene, Reinaldo Barros (PDT), no começo da noite dessa terça-feira, 31 de janeiro, no programa ‘Ponto de Encontro’ (Diário FM 90,9), pelo telefone, descreveu um quadro de destruição na Praia do Goiabal, o único balneário amapaense banhado pelo oceano Atlântico.
As primeiras informações sobre a região davam conta de que a praia estava isolada do resto do município de Calçoene, em razão de enchente que tomara conta do ramal que leva ao litoral por causa do transbordamento da Região dos Lagos pelas águas das chuvas.
Equipes da Setrap e do Dnit estiveram no local e observaram que tecnicamente a solução imediata para o problema seria a construção de uma ponte de madeira com extensão de 40 a 150 metros. A construção daria condições de se atingir a Praia do Goiabal.
Terça-feira, com o relato do prefeito, veio o entendimento de que a Praia do Goiabal, na verdade, é atacada em duas frentes naturais. Do interior do município, com a tomada do ramal pelas águas doces da Região dos Lagos, e pelas águas salgadas do oceano.
Reinaldo Barros informou que a vegetação existente na praia e a proteção de areia, que ele chama de assoreamento, foram totalmente destruídas pela força das águas do Atlântico e que, em consequência, toda a estrutura balneária do local também foi abaixo.
“Hoje não existe mais nada daquela estrutura na Praia do Goiabal, tudo foi destruído. Dependemos do governo. Precisamos de ajuda, de alguém que nos dê orientação técnica para salvarmos a Praia do Goiabal. A força da natureza destruiu tudo”, apelou o prefeito, dando a entender que mesmo assim ainda existem pessoas morando no local, porque ele informou que até agora apenas três famílias foram remanejadas de lá.
Garimpo
Na mesma entrevista, o prefeito Reinaldo Barros fez bons comentários acerca do garimpo que funciona no distrito de Lourenço. Segundo ele, se não fosse o ouro que se extrai na vila não haveria como o município arcar com o sustento das cerca de trezentas famílias que ali residem.
Reinaldo revelou que o ouro do Lourenço, extraído por uma cooperativa de garimpeiros, de abreviatura Coogal, até há pouco tempo chegou a dar R$ 75 mil de royalties para a Prefeitura de Calçoene, mas que hoje, devido a problemas, um deles a queda da cotação do minério no mercado, a arrecadação chega a apenas R$ 25 mil.
Pesca
O prefeito explicou que Calçoene, um município pesqueiro, não deslancha com essa atividade porque não possui um banco para intermediar as transações comerciais dos grandes pescadores de outros estados que chegam à costa oceânica.
Mesmo assim, segundo Reinaldo Barros, a pesca, com toda a perda que com ela Calçoene sofre, ainda é importante para a economia, porque bem ou mal deixa alguma coisa no município.
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