Gianfranco promete governar Macapá com conselhos populares
Candidato do PSTU é o penúltimo entrevistado da agenda de sabatinas aos postulantes ao cargo de prefeito da capital
Douglas Lima
Editor
Com discurso de governar Macapá com programa socialista para a classe trabalhadora, e junto com conselhos populares, o candidato a prefeito, Gianfranco Gusmão (PSTU), foi o entrevistado desta quarta-feira, 25, do Sistema Diário de Comunicação. Fechando a agenda de sabatinas aos postulantes ao cargo, na capital, Patrícia Ferraz (PSDB) será ouvida sexta-feira, 27.
Gianfranco, que já tem experiência de candidaturas para a Prefeitura de Macapá e governo do estado do Amapá, em pleitos passados, de forma intermitente, durante a entrevista de hoje, criticou acidamente o governador Clécio Luís e o presidente Luís Inácio Lula da Silva, diferentemente das campanhas passadas, quando era aliado desses dois políticos, tidos como de perfis ideológicos esquerdistas.
“Não dá para governar com conciliação de classes”, respondeu Gianfranco, quando perguntado sobre as críticas que fazia a Clécio e Lula. Segundo o candidato, o atual governador amapaense e o presidente do país andam de mãos dadas com os que oprimem o povo e que isso precisa ser rompido. “Meu governo é para a população mais pobre, excluída pelo capitalismo”, resumiu o defensor do programa do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU).
Gianfranco Gusmão, se eleito prefeito, vai administrar Macapá com secretários técnicos altamente qualificados, todos sem indicação política, mas escolhidos diretamente pela população, através de conselhos populares, os quais influenciarão na gestão pública, da elaboração do orçamento do município à fiscalização da aplicação dos recursos. Ele confessa que nomearia um parente secretário, desde que seja qualificado.
O candidato disse que vai criar a Empresa de Transporte Coletivo, por entender que a população tem que ser atendida por ônibus municipalizados, sem mais a atuação de empresas privadas no setor. Além disso, estabelecerá a tarifa zero, com a explicação de que os gastos com a medida consumiriam apenas dois ou três por cento do orçamento da prefeitura. Mas antes da tarifa zero, como uma forma de adaptação, aplicaria tarifas sociais.
Para aquecer a economia, diminuir os gastos públicos e ao mesmo tempo gerar empregos, a administração de Gianfranco Gusmão construirá prédios próprios do município de Macapá, para acabar com a tradicional e costumeira prática de alugar imóveis para o funcionamento de secretarias e outras repartições. As construções serão erigidas pela Empresa Pública de Construção Civil, a ser criada.
O candidato do PSTU vai realizar concursos públicos e zerar os contratos administrativos, bem como a terceirização em todos os setores da administração municipal, especialmente o da saúde. Segundo ele, a saúde do estado do Amapá e a de Macapá vão mal mais porque são terceirizadas, e julgou: “A terceirização sempre dá em mau serviço, fraudes e corrupção”.
Gianfranco afirma que a situação da educação de Macapá e do Amapá, como a pior do Brasil, não é culpa apenas do governo municipal e do governo do estado, mas também do governo federal. Segundo ele, o governador Clécio não consegue repor nem as perdas salariais dos professores, as quais superam 100%. “O Clécio passou oito anos sem dar aumento ao funcionalismo do município, quando foi prefeito”, cutucou.
O prefeito Furlan, por sua vez, segundo o candidato do PSTU, não paga o piso da categoria dos professores e não avança na gestão democrática, atrasando as progressões, também. “Na alfabetização na idade certa nós somos o último da fila, no Brasil, com apenas 40% da nossa população infantil sabendo ler e escrever. Isso é uma vergonha, quando se vê Fortaleza, a capital cearense, atingindo 85% de alfabetizados na idade certa”, comparou.
O candidato Gianfranco Gusmão defende que os guardas civis municipais, em virtude da importância de sua finalidade, que é proteger o patrimônio público, sejam armados, e também mais valorizados. Por fim, atacou: “Infelizmente nós do Amapá e de Macapá somos os piores em tudo: na saúde e na educação, e agora até na segurança pública, a tendo a cidade mais violenta do país, que é Santana”.
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