Os senadores Davi Alcoolumbre (DEM), Randolfe Rodrigues (PSOL) e João Capiberibe (PSB) protocolaram ofício, no último dia 16, quinta-feira, no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes), solicitando detalhamento dos projetos aprovados pelo banco e montante dos recursos liberados para o Governo do Estado desde o ano de 2010, isto é, a partir da posse do então governador Pedro Paulo – que sucedeu Waldez Góes (PDT), quando este renunciou ao cargo para concorrer ao Senado – até o final da administração de Camilo Capiberibe (PSB).
O encaminhamento desse ofício causou grande mal estar político no estado, porque no entendimento de setores do governo, foi uma tentativa dos senadores no sentido de impedir o acesso de recursos contratados junto ao banco, considerados vitais para o saneamento das contas públicas e retomada dos investimentos, principalmente em obras de infra-estrutura.
O ofício, segundo Alcolumbre, teve como foco fazer chegar à sociedade “informações concretas sobre esses recursos”. Para o governo, entretanto, foi uma manobra para dificultar ainda mais o saneamento das contas públicas.
O secretário de Estado de Planejamento, Antônio Teles Júnior, deixou claro que o documento teve, sim, o propósito de atrapalhar a liberação do dinheiro. De forma irônica, ele afirmou: “Não posso garantir que os senadores tiveram essa pretensão, mas o que eu acho, particularmente, é que houve muita ‘coincidência’ nesse processo, porque no mesmo dia em que o computador do BNDES registrou a autorização do depósito na conta do governo, o que ocorreria na sexta-feira (17) os senadores deram entrada no ofício, ‘coincidindo’ na imediata sustação do crédito, cujo imbróglio só foi resolvido com a intervenção direta e pessoal do governo Waldez Góes junto ao presidente do BNDES”.
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