Política

Governo do Amapá se prepara para entrar na Justiça contra decisão do Ibama

Informação é do próprio governador Clécio Luís, indignado com proibição de prospecção de petróleo na Margem Equatorial


 

Douglas Lima
Editor

 

O governador Clécio Luís informou em entrevista ao Sistema Diário de Comunicação, na manhã desta sexta-feira, 19, que a Procuradoria-Geral do Estado estuda meios jurídicos para se contrapor à decisão do presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, de impedir estudos para exploração de petróleo na costa do Amapá.

 

Clécio disse que a ideia é recorrer à Justiça, em duas frentes. A primeira, pedindo reconsideração de Rodrigo pela decisão que assinou e, outra, ingresso de ação judicial sustentando que o processo foi todo cumprido, mas que mesmo assim o Ibama negou o direito de pesquisa.

 

Como já declarara na quinta (18), o governador disse que o presidente do Ibama foi irresponsável ao tomar a medida que, segundo ele, foi deliberada para que a Petrobras desmontasse o que já tem montado no Oiapoque para os serviços de prospecção.

 

“Ele tomou a decisão para fazer a política do fato consumado, sem conhecer a Amazônia, região que tem potencial, mas uma população pobre por não explorar os seus recursos naturais”, ilustrou o governante amapaense.

 

Clécio Luís também observou que Rodrigo Agostinho é propositalmente desrespeitoso ao impedir simulação de acidente e pesquisa, sabendo que a Petrobras é especialista em perfuração em águas profundas, tendo já perfurado mais de mil poços sem um único acidente.

 

O governador ainda registrou que a Petrobras é importante para o Amapá e o Brasil, não só pelo combustível, tendo o petróleo como fonte, mas também pela imensa produção de bens, através da indústria petroquímica.

 

Clécio chegou inclusive a lembrar declaração da ministra do meio ambiente, Marina Silva, de que o Brasil não pode prescindir de suas riquezas petrolíferas, mas que no contraponto deixa o Ibama praticar uma farsa, irresponsabilidade e desrespeito com o Amapá que tenta ajudar o Brasil, procurando saber do que tem de riqueza no fundo das águas da Margem Equatorial.

 


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