Impasse sobre exploração de petróleo no Amapá vira tema de análise nacional
Jornalista Eduardo Oinegue, âncora do BandNews, aborda polêmica sobre exploração de petróleo no Amapá, tema que tem gerado queda de braço no governo Lula
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Cleber Barbosa
Da Redação
O jornalista Eduardo Oinegue, âncora do BandNews, trouxe à tona uma polêmica que envolve o futuro do Amapá, estado que poderia experimentar um significativo impulso econômico com a exploração de petróleo em alto-mar. O projeto, que busca perfurar a Margem Equatorial, localiza-se longe da floresta amazônica e do rio Amazonas, mas tem gerado intensos debates entre ambientalistas e defensores do progresso econômico.
De um lado, o Ministério do Meio Ambiente, com a ministra Marina Silva à frente, emite alertas sobre os possíveis riscos ambientais, enquanto do outro, o ministro de minas e energia, Alexandre Silveira, busca avançar com a exploração, convencido de que ela pode ser um motor de transformação para a economia local. Oinegue, em sua análise, ressalta que a exploração de petróleo pode render mais de R$ 100 bilhões anuais em royalties para o Amapá, um valor superior ao seu PIB de R$ 23 bilhões.
O apresentador também relembra os índices alarmantes de pobreza no Amapá, destacando que o estado figura entre os mais pobres do Brasil. Em 2024, um estudo do Instituto Trata Brasil apontou que a capital Macapá era a segunda cidade brasileira com os piores índices de saneamento básico. Para Oinegue, a exploração de petróleo representa uma oportunidade única de gerar riqueza e melhorar as condições de vida da população local.
Crítico das posições contrárias à exploração, Oinegue questiona as decisões de Marina Silva e do Ibama, que se opõem ao projeto. “Talvez ela [Marina Silva] não perceba que lutar pelos mais pobres muitas das vezes é buscar a riqueza, e não escorar a pobreza com programas sociais sem saída. Apoiar os mais pobres é mostrar um caminho”, afirmou Oinegue, sugerindo que a busca por riqueza através do petróleo poderia ser um caminho para tirar o Amapá da extrema pobreza, que afeta um terço da população local.
Ele também comparou a situação do Amapá com a da Guiana, que iniciou a exploração de petróleo em 2015 e, desde então, tem experimentado um crescimento econômico acelerado, tornando-se um exemplo de sucesso. Oinegue defende que o Amapá poderia seguir um caminho semelhante, aproveitando-se de seus recursos naturais para gerar desenvolvimento sustentável e melhorias estruturais.
Diante de um cenário de intensas divergências, o futuro da exploração de petróleo no Amapá continua incerto, mas a discussão já levanta questões cruciais sobre o equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e a preservação ambiental.
(Fonte: Coluna Olhar Crítico, de Eryx Moraes)
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