Política

Insatisfeitos com direção da OAB-AP criam movimento ‘Chapão’

Primeira reunião do grupo conseguiu arregimentar 80 pessoas lideradas por ex-dirigentes da entidade


 

Douglas Lima
Editor

 

Um movimento de advogados chamado ‘Chapão’ começa a agir com o objetivo de conseguir adesões para disputar a eleição que renovará a direção da Ordem dos Advogados do Brasil no Amapá (OAB-AP), em outubro ou novembro vindouro. O grupo é liderado por ex-dirigentes da entidade: Ulisses Träsel, Alessandro Brito, Sandra Alcântara, Israel da Graça e Jâmison Monteiro.

 

A OAB-AP atualmente é presidida por Auriney Brito. Para a sucessão dele, até agora, já se apresentaram como candidatos ou pré-candidatos o ex-presidente Paulo Campelo e Patrícia Almeida, bem como Jâmison Monteiro, que passa a compor o novo movimento, porém antecipadamente declarando que deixa a pretensão a favor de Sandra Alcântara.

 

Depois de reunião que conseguiu arregimentar 80 participantes, nessa sexta-feira, 9, a liderança do Chapão esteve no programa ‘Togas e Becas’ (Diário FM 90,9) na manhã deste sábado, quando apresentou os seus propósitos, adiantando que no grupo não há vaidade pessoal, apenas o interesse de “reerguer” a Ordem dos Advogados no Amapá.

Ulisses Träsel, que já foi presidente da OAB, informou que não pretende mais voltar ao cargo, mas que aceitou convite para entrar no movimento em virtude da situação em que a Ordem se encontra e do anseio por mudança que toma conta da classe dos advogados.

 

Alessandro Brito, presidente do Instituto dos Advogados há quase 20 anos, pontuou no programa de rádio que o Chapão luta pela independência da advocacia amapaense, segundo ele, hoje engessada por falta de iniciativa da direção da OAB. Ele disse que pretende ser candidato ao Conselho Federal da entidade.

 

Sandra Alcântara lamentou que a atual direção da Ordem dos Advogados tenha afastado a mulher do protagonismo da advocacia, no Amapá. “Tem que se respeitar a participação feminina. Além disso, temos que olhar a OAB para o advogado militante, coisa que a atual gestão deixou de lado”, disse ela, que pretende se candidatar a presidente.

 

Jâmison Monteiro, que pretende ser presidente da OAB-AP, mas renunciaria à pretensão a favor da colega Sandra Alcântara, disse que quer a Ordem mais respeitável. Segundo ele, a entidade tornou-se para os amigos da direção, e que o tempo agora é propício para uma mulher assumir a liderança dos advogados, como presidente.

 

Israel da Graça defendeu a paridade como prioridade na Ordem dos Advogados, bem como a valorização da militância, principalmente dos advogados jovens, que se sentem desamparados por não ter apoio da direção da OAB. “Essa gente, que está chegando, tem que ser recebida, porque precisa da orientação, do contato físico das lideranças”, concluiu.

 

 


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