Jaime Nunes e indústria oleira do Amapá debatem soluções para crescimento do setor
Falta de licenciamentos ambientais é apontada por representantes do setor como um dos maiores entraves para a atividade.
Cleber Barbosa
Da Redação
Representantes de sindicatos do setor oleiro-cerâmico amapaense reuniram com o pré-candidato ao governo do Amapá, Jaime Nunes (PSD) em busca de parceria e apoio para políticas públicas para o segmento. No encontro, empresários e lideranças apontaram dificuldades enfrentadas para manter as atividades nos últimos anos e apresentaram alternativas para o crescimento do setor.
Em um documento que expôs a realidade do setor oleiro-cerâmico no Amapá, Izaías Antunes, presidente do Sindicato das Indústrias Oleira e Cerâmica do Amapá (SEIBCO), defendeu a desburocratização do licenciamento ambiental para operação da atividade e mais agilidade na concessão do documento. “Entre as medidas para destravar o setor também estão a inclusão no plano de governo de Jaime, de estratégias para o aquecimento da construção civil priorizando o programa habitacional e obras públicas com a utilização de matéria-prima cerâmica local, e do limite de crédito na Agência de Fomento do Amapá – AFAP, para os servidores”, sugeriu.
Propostas como a substituição tributária ou redução do percentual aplicado atualmente sobre a Margem de Valor Agregado (MVA) na região, que é de 40% e 60% do imposto a ser recolhido sobre a venda de tijolos e telhas, respectivamente, pois inviabiliza a negociação com o revendedor local, além do estreitamento da relação com as Regiões Transfronteiriças, como a Guiana Francesa, de forma que viabilize a comercialização de produtos cerâmicos locais, também foram alternativas apresentadas pelos representantes dos sindicatos para avanço no setor.
O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado do Amapá (Sinduscon-AP), Glauco Cei, também participou da reunião e disse que o setor precisa da visão empreendedora, com gestão construída com a participação dos empreendedores do setor oleiro ceramista, que buscando resultados efetivos, por meio de políticas integradas.
Entusiasta da cadeira produtiva do Amapá em suas mais diversas vertentes, Jaime reconhece a importância das atividades do setor para o processo da construção civil e disse que será compromisso de seu governo, o incentivo para fortalecer o mercado interno e externo. “É possível fortalecer e desenvolver o setor oleiro cerâmico através de incentivos para se modernizar e crescer, tornando as industriais mais competitivas e fortalecendo a nossa economia”, afirmou.
Jaime também aprovou a proposta de transformar o Parque de Exposições do distrito de Fazendinha em uma vitrine permanente de estimulo ao empreendedorismo para comercialização e divulgação de produtos e serviços. Alternativa apresentada a partir de um calendário com atividades que envolvam todas as instituições do comércio, serviços, produtores culturais, gastronomia, setor automotivo, esporte, agronegócios e outros.
De acordo com a SEIBCO, atualmente 23 indústrias de cerâmicas operam atividades no Amapá e lidam com os impactos do estacionamento de mercado, a exemplo de empresa que teve 50% do quadro funcional demitido no início do ano e hoje está com mais de três milhões de peças estocadas no pátio. A expectativa é que o mercado reaja no segundo semestre, para evitar perdas e demissões.
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