Sob o título “Milhões por Nada” (em tradução livre), a edição desse quinta-feira, 19, do jornal France-Guyane, da Guiana Francesa, relaciona algumas obras que os franceses consideram inúteis, lembrando que a ponte binacional sobre o Rio Oiapoque, construída para interligar o Brasil e a França através da fronteira do Oiapoque com Saint George “entraria facilmente nessa lista”.
A reportagem aborda o tema aproveitando o relatório anual do Tribunal de Contas francês, que analisou investimentos até agora sem serventia para o povo. O jornal lembra que a ponte, concluída em julho de 2011 até hoje continua fechada “e ninguém sabe quando será aberta”.
A obra custou 38 milhões de euros, o equivalente a 122 milhões de reais. A conta dos investimentos inclui os 22 milhões de euros – ou 70 milhões de reais – gastos na ponte, e outros 16 milhões de euros – que correspondem a 51 milhões de reais – para o funcionamento dos postos de serviços e nas rotas de acesso.
De acordo com a reportagem, o governo brasileiro concluiu o posto de fronteira – onde vão funcionar a Receita Federal, a Polícia Federal, o Ministério da Agricultura e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – estando pendentes, ainda, as obras do entorno, que incluem a construção do pátio, pavimentação, cerca de segurança e iluminação, investimentos em equipamentos e mobiliário, que dependem de licitação e alocação de pessoal, faltando definir, também, regras de trânsito para pessoas, veículos e mercadorias.
No lado brasileiro, a BR-156, no trecho que liga Oiapoque a Macapá ainda faltam ser pavimentados 110 quilômetros, cuja previsão inicial era a conclusão em 2010 e, posteriormente, 2013. O prazo, agora, de acordo com o Departamento Nacional de Infra-estrutura (Dnit) é 2017.
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