Jozi Araújo foi a única deputada do Amapá a votar contra cassação de Eduardo Cunha

Jozi apareceu em fotos e filmagens ao lado de Cunha durante o processo de votação.

Confirmando o que já haviam antecipado, as deputadas Janete Capiberibe (PSB-AP) e Marcivânia Flexa (PCdoB-AP) votaram pela cassação do ex-presidente da Câmara e agora ex-deputado federal, sendo seguidas pelos deputados André Abdon (PP-AP) e Cabuçu Borges (PMDB-AP), mesmo partido de Cunha.

Os ausentes da sessão foram os deputados Marcos Reátegui (PSD-AP), Roberto Góes (PDT-AP) e Vinícius Gurgel (PR-AP). O deputado Marcos Reátegui justificou a ausencia em razão do falecimento de um irmão de sua esposa (sepultado nesta terça-feira). Roberto Góes já havia antecipado, desde o dia 24 de agosto, que poderia se ausentar da votação e dava como certa a cassação de Eduardo Cunha.

Já Vinícius Gurgel, que era integrante da tropa de choque do ex-todo-poderoso Eduardo no Conselho de Ética da Câmara, junto com a deputada Jozi Araújo, não revelou os motivos da ausência na sessão.

Dos 511 deputados federais aptos a votar no processo de cassação de Eduardo Cunha, 42 (8,2%) deixaram de participar da decisão. A opção por não votar poderia favorecer Cunha, que, no entanto, foi cassado com 450 votos a favor, 10 contra e 9 abstenções.

A Câmara tem 513 deputados federais, mas não podiam votar no caso o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e o próprio Cunha, alvo do processo de cassação.
Eram necessários 257 votos para a cassação, que foi motivada por quebra do decoro parlamentar. O deputado foi acusado de mentir à CPI da Petrobras ao negar, durante depoimento em março de 2015, ser titular de contas no exterior.

Cunha afirmou a jornalistas, após o anúncio do resultado, que foi vítima de uma “vingança política”. O deputado cassado afirmou, ainda, que pretende escrever um livro, mas que ainda vai procurar uma editora. Ele quer relatar os bastidores do processo de impeachment na obra.

 

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