Política

Lucas Barreto reage com indignação a deputado paulista que quer impedir exploração de petróleo na Amazônia

Senador amapaense chama iniciativa de arrogante, centralizadora e cruel, e assesta: “é preciso resistir, reagir sempre contra essas tentativas de escravização ambiental de quem vive na região Norte”


 

Douglas Lima
Editor  

 

O senador Lucas Barreto (PSD/AP) reagiu com indignação, em vídeo nas redes sociais, à iniciativa do deputado federal pelo Psol de São Paulo, Ivan Valente, estabelecendo moratória dos projetos de exploração de petróleo existentes na região amazônica e recuperação das áreas já afetadas por essa atividade.

 

Na prática, a iniciativa do psolista, apoiado pelas ONGs Greenpeace, Inesc, Observatório do Clima, WWT, Instituto Arayara e Painel Mar, proíbe a exploração de petróleo na Amazônia, o que sobremaneira acirra a discussão sobre o assunto no governo federal dividido acerca do assunto: Ministério de Minas e Energia é a favor da atividade, e a área ambiental, não.

 

“O Brasil não pode seguir abrindo novas frentes de exploração de combustíveis fósseis, justamente na Amazônia, um dos territórios mais estratégicos para o equilíbrio climático do planeta”, declarou o deputado Ivan Valente, antes de encaminhar o projeto para o protocolo da Câmara Federal.

 

“É inacreditável! Fomos surpreendidos com a notícia de que um deputado do Psol pretende apresentar um projeto que proíbe exploração de petróleo na Amazônia e no Amapá. Ele mora em São Paulo, uma das cidades que mais poluem no Brasil, mas quer decidir o futuro de quem vive aqui”, rebateu, indignado, o senador Lucas.

 

O parlamentar amapaense acusou Ivan de entender que a Amazônia, que não polui, deve continuar pobre, enquanto ele segue poluindo pelas ruas de São Paulo. “É irônico, mas necessário falar: é como ele dissesse que o sol nasce para todos, desde que não ilumine o Norte”, completou Lucas.

 

Concluindo o vídeo, o senador disse: “Essa visão é arrogante, centralizadora e cruel; nenhum discurso conservacionista se sustenta sem justiça social e é muito fácil ser ambientalista quando se vive longe da realidade; é preciso resistir, reagir sempre contra essas tentativas de escravização ambiental de quem vive na Amazônia”.

 


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