Política

Ministério da Integração vai estudar medidas para conter salinização das águas do Bailique

Waldez Góes destacou que se responsabilizará pela criação de um Grupo de Trabalho do Governo Federal para dialogar com o estado do Amapá na resolução dessas duas questões.


O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, participou recentemente de audiência pública realizada pela Câmara Legislativa do Estado do Amapá, que busca soluções para dessalinização das águas do arquipélago do Bailique e para a resolução do fenômeno das terras caídas, que causa o desmoronamento das margens do Rio Amazonas, provocado pela força violenta da maré na região.

Em sua fala durante a sessão on-line, Waldez Góes destacou que se responsabilizará pela criação de um Grupo de Trabalho do Governo Federal para dialogar com o estado do Amapá na resolução dessas duas questões. “São muitas entidades públicas que já detêm conhecimento, pesquisas e informações. Precisamos reunir tudo isso em uma relação de diálogo permanente entre os governos federal e do estado. Isso é fundamental”, afirmou.

“Vamos fazer a interlocução com outros ministérios na busca de soluções conjuntas para os problemas que o arquipélago enfrenta, tanto na questão social quanto econômica”, completou.

Sobre a questão da dessalinização das águas subterrâneas, o MIDR vai realizar estudos para ver como viabilizar essa iniciativa na região. Uma das possibilidades é por meio do Programa Água Doce, que prevê a construção de dessalinizadores. “Temos feito estudos para modernizar as formas de fazer chegar água potável a quem mais precisa. E também faremos isso no caso do Bailique”, destacou Waldez Góes.

O ministro também ressaltou a importância de dar solução à questão das terras caídas. “Esse é um problema do Brasil, pois estamos falando da foz do Amazonas, do encontro do rio com o mar, em que, ao longo do tempo, surgiu um fenômeno que, além de interferir na vida social e econômica daquelas comunidades, desperta uma necessidade de resposta mais estruturada”, avaliou.

O presidente da Associação dos Produtores Agroextrativistas da Ilha Franco (APAIF), Raimundo dos Santos Quaresma, representou as comunidades do Bailique no evento. De acordo com ele, é preciso um estudo técnico para entender a causa do fenômeno, além da solução para que seja evitada a situação. Ele pontuou outras dificuldades que a população local enfrenta. “Temos dificuldades com energia elétrica, passarelas e infraestrutura.

Estamos dispostos a ter parcerias com todos os órgãos, tanto municipais, estaduais e federal, para que possamos melhorar a vida da população”, apontou.


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